segunda-feira, 30 de março de 2009

Às vezes julgo ver nos meus olhos - Sophia de Mello Breynner

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Às vezes julgo ver nos meus olhos
A promessa de outros seres
Que eu podia ter sido,
Se a vida tivesse sido outra.

Mas dessa fabulosa descoberta
Só me vem o terror e a mágoa
De me sentir sem forma, vaga e incerta
Como a água.

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Sophia de Mello Breyner Andressen
"Obra Poética I" - Círculo de Leitores

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