OMO REENCONTREI ALMEIDA FARIA NA ADRAGA E COMO SE NOS APRESENTOU UM DESCENDENTE DE CAMILO EM CARNE E OSSO
- Alfredo Barroso narra este inesperado encontro
Sempre fui imensas vezes à praia e nadava bastante bem (modéstia à parte) até há poucos anos, mas agora, quando vou (fui hoje pela primeira vez em 2020) apercebo-me, quando olho para as ondas do mar, que estou quase como as gravuras de Foz Côa (que não sabem nadar). Mas ao chegar à belíssima Praia da Adraga, tive o prazer de reencontrar um velho amigo que já não via há alguns anos: o magnífico escritor Almeida Faria. Ele é queirosiano e eu camiliano, mas sempre muito bem nos entendemos. E o inesperado aconteceu quando Almeida Faria me incitava a continuar a escrever sobre Camilo. Um sujeito que ouvia a nossa conversa a pequena distância social (como agora se diz) pediu-nos licença para se intrometer e explicar que, apesar de não ser homem de leituras grandes ou pequenas, era descendente directo de Camilo por via da mãe e de seus inúmeros ascendentes. Mostrou-nos o seu CC, disse-nos que só lera, de Camilo, "A queda dum anjo", e que viera de Famalicão, mais concretamente, de São Miguel de Ceide, para ver Lisboa e as praias para onde os políticos descritos por Camilo vinham com 'mulheres da vida' (ou seriam as 'espanholas'?) e que ficou muito espantado ao ouvir dois sujeitos citadinos a falarem do Camilo à boca da Praia da Adraga... O inesperado acontece, e quando é divertido e insólito não faz nenhum mal à saúde... Pois é, não acreditam, mas garanto-vos que foi mesmo verdade, juro!
Praia da Adraga, 3 de Setembro de 2020
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