sábado, 17 de novembro de 2007

José Afonso - Venham mais cinco


pracadasflores
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Sons da Fala - Venham Mais Cinco

A Profecia



Venham mais cinco - Zeca Afonso

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Venham mais cinco, duma assentada que eu pago já
Do branco ou tinto, se o velho estica eu fico por cá
Se tem má pinta, dá-lhe um apito e põe-no a andar
De espada à cinta, já crê que é rei d’aquém e além-mar

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa e zarpar

A gente ajuda, havemos de ser mais eu bem sei
Mas há quem queira, deitar abaixo o que eu levantei
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustem
Só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa e zarpar

Bem me diziam, bem me avisavam como era a lei
Na minha terra, quem trepa no coqueiro é o rei
A bucha é dura, mais dura é a razão que a sustem
Só nesta rusga não há lugar prós filhos da mãe

Não me obriguem a vir para a rua gritar
Que é já tempo d' embalar a trouxa e zarpar



Segunda-feira, Janeiro 23, 2006

in Aqui quem fala sou eu

José Afonso continua a sua "peregrinação", cantando um pouco por todo o lado. Muitas sessões foram proibidas pela PIDE/DGS. Em Abril de 73 é preso em Caxias até finais de Maio. Novamente no Natal de 1973 surge Venham mais cinco, um novo disco com a colaboração de José Mário Branco onde interpreta Redondo Vocábulo, poema escrito na cadeia de Caxias.


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