Arestas de Vento
Ricardo diz: | 19/Ago/2008 15:44 | |
Amigo Mal nos conhecemos Inaugurámos a palavra «amigo». «Amigo» é um sorriso De boca em boca, Um olhar bem limpo, Uma casa, mesmo modesta, que se oferece, Um coração pronto a pulsar Na nossa mão! «Amigo» (recordam-se, vocês aí, Escrupulosos detritos?) «Amigo» é o contrário de inimigo! «Amigo» é o erro corrigido, Não o erro perseguido, explorado, É a verdade partilhada, praticada. «Amigo» é a solidão derrotada! «Amigo» é uma grande tarefa, Um trabalho sem fim, Um espaço útil, um tempo fértil, «Amigo» vai ser, é já uma grande festa! Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca |
Ricardo diz: | 22/Jul/2008 18:29 | |
As mãos pressentem... As mãos pressentem a leveza rubra do lume repetem gestos semelhantes a corolas de flores voos de pássaro ferido no marulho da alba ou ficam assim azuis queimadas pela secular idade desta luz encalhada como um barco nos confins do olhar ergues de novo as cansadas e sábias mãos tocas o vazio de muitos dias sem desejo e o amargor húmido das noites e tanta ignorância tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva quase nada Al Berto |
Nas fotografias - Ricardo Cardoso de Arestas de Vento |
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