domingo, 10 de julho de 2016

Linhares Barbosa - FADO DAS SARDINHEIRAS

* Linhares Barbosa

Um dia ele seguiu-me
Na rua onde eu morava
Cumprimentou-me e fugiu-me
E ao outro dia lá estava

Atirei-lhe da trapeira 
Da minha água furtada
Uma rubra sardinheira 
Que se tornou mais corada

Depois, nunca mais o vi 
Nem do seu olhar a chama
Passou tempo e descobri 
Que ele morava na Alfama

Uma noite, sem pensar 
Pus o meu xaile, o meu lenço
E fui atrás desse olhar 
Que deixara o meu suspenso

Hoje moro onde ele mora 
Hoje durmo onde ele dorme
E há sol por dentro e por fora 
Da minha alegria enorme


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