quinta-feira, 30 de março de 2017

BUGIO E O VELHO FAROLEIRO - poema do Faroleiro Chefe Neto


Farol do Bugio - ao largo de Oeiras, Lisboa, Portugal - foto Teresa Reis


* Faroleiro Chefe Neto

Quantos por aqui passaram
Que aos mais novos transmitiram
Sobre as pedras que ficaram
Contaram tudo o que ouviram
Eu ouvi sou mensageiro
Sou um velho faroleiro
Zelei por esta nobreza
O pai é S. Lourenço
A mãe D. Fortaleza
O filho com luz rodando
Num movimento constante
E toda a noite vai zelando
P`lo rumo do navegante

Oh meu Bugio
És das maiores sentinelas
Estás onde acaba o rio
E começa o mar tão frio
Mar das Naus e Caravelas
A costa desta Lisboa
De noite visto daqui
De Cascais até Belém
Do Espichel à Trafaria
Que maravilhas eu vi.
Vi auroras boreais
Vi trombas de água subindo
Vi os grandes temporais
Selvagens mas era lindo.

Oh meu Bugio
És das maiores sentinelas
Estás onde acaba o rio
E começa o mar tão frio
Mar das Naus e Caravelas
oh meu menino...
Como vês já `stou velhinho
Com pena vou te deixar
Tu ficas p`ra indicar
Que é por aqui o caminho
Oh meu menino...Que saudade...
Que saudade meu menino...
Oh meu menino

Fonte: Revista de Marinha, Abril 2003
Poema: Faroleiro Chefe Neto
http://sentinelasdomar.blogspot.pt/2010/09/bugio-e-o-velho-faroleiro-poema-de.html

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