quarta-feira, 20 de maio de 2020

Filipe Chinita - o que procuro

* Filipe Chinita


o que procuro
.
(o último.primeiro texto
que de mim...
te envio)

a beleza
o belo
que há em cada ser humano
o belo e a feiura
e o como bastas vezes
se interpenetram
e um é afinal
o outro
o erotismo
o olhar.olhos nos olhos
o tecermo-nos.no enquanto (n)o outro tecemos
a fome.do corpo do outro
da 'alma'.do outro
a paixão
até ao fundo dos
fundos
o perdurável
amor
a revolução
o fim da fome e das injustiças
o fim da miséria e da miséria das mentalidades
a revolução
de um conjunto determinante de humanos
- ou de todos eles caso ainda! o apre(e)ndam em tempo útil -
capaz de (re)criar um planeta
de (novo) uno
uma nova relação
entre homem e natureza o homem e a natureza
o concreto humano e esta concreta natureza que hoje enfrentamos
fruto das muitas aleivosias/malfeitorias
que sobre ela já praticámos
procurando agora
evitar as catástrofes naturais
e antecipar na medida
do possível...
as medidas
a tomar
- só um mundo
só o vasto conjunto dos humanos
vivendo no comunismo
pode fazer
face
a tão gigantesca tarefa
cuidando do planeta
como se fora de todos
e de cada um e
não apenas
de alguns
cuidando do planeta
como se fora a nossa causa
e a nossa casa
comum
como de facto
é
frágil e única
como nós
e não!
como simples forma
de o explorar
explorando
em simultâneo a sua vida
as suas múltiplas riquezas colectivas
e os outros humanos (seres)
nossos iguais
pensando apenas
na ganância
do lucro
pensando apenas
em ser cada vez mais rico
ou mais conhecido
ou mais poderoso...
que os demais
explorando
os outros.humanos
sem os quais não há qualquer espécie de vida - privada -
qualquer hipótese de vida (em) comum –
nesta variegada natureza
neste belíssimo planeta
rolando sobre si mesmo
sem que nada... dele
extravase
este planeta.terra
esta natureza.mãe
de que somos (frágil) parte
e não senhores...
repito
.
o comunismo
será enfim
a vida!
o
início da vida
da sempre efémera vida
que só então poderá começar a ser vivida por inteiro
em inteira liberdade
por todos
e por cada um
de nós
seres vivos
vivos seres
quando
enfim formos seres
autenticamente livres e iguais
na nossa eminente
diferença
.
a vida
e a morte
que inapelável nos espera
um dia.numa hora.num instante
por vezes quando menos a esperamos
- dia a dia.instante a instante (assim) acontece -
numa esquina próxima
ou distante
a morte
que tudo determina
que tudo afinal determina
a vida de todos
e de cada
um
.
por isso
só em constante dádiva
de nós mesmos
em tudo
o que - individual e colectiva.mente -
empreendemos
deveríamos
viver
e
assim vivendo
só em comunismo deveríamos/poderíamos viver
para que retiremos de nós
retirando de todos
e de cada
um
- na máxima igualdade.de oportunidades -
as potencialidades
que nos afirmam
como seres
únicos
e
irrepetíveis
para que
preservemos o planeta
para que ele esgote
sem mais maléficas interferências humanas
todo o (seu) natural
ciclo de
vida
o nosso
.
quando um dia
aprendermos a lidar com o planeta
compreenderemos em simultâneo
que só com a lenta instauração do comunismo
em verdade o poderemos
fazer
.
ousemos salvaguardar o planeta/ousemos construir o comunismo
o mais rápido o mais consistente
o mais sustentadamente
que possamos
é.será
a mais humana das tarefas
que em vida
pode(re)mos empreender
façamo-la
então
essa construção.em união até ao céu
essa união.em construção até ao céu
.
os nossos únicos (humanos) limites
serão os do(s) próprio(s).humano(s)
e os do próprio
planeta
terra
.
fjc
julho 2010
o quasi 1º texto publicado no face
assim como quem define
propósitos

2020.05.19

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