De: JVerdasca VARANDA ou SACADA
(Homenagem à Varanda das Estrelícias,uma ponte sobre o Atlântico de joaquimevonio.com)
Na varanda da mansão
Está um gigante - anão
Que não gosta de flores
Por isso lá é sacada
Pois o anão não vê nada
Não sente, não tem amores
Quem não gosta de estrelícias
Não sabe o que são delícias
Nem tem do Belo conceito
E o pobrezinho, coitado
Jamais viu, ou foi achado
Em varanda ou parapeito
Quem nunca aspirou odores
Ou jamais sentiu amores
De varandas ou sacadas
Não pode amar as flores
Nem ouvir nossos cantores
Quando cantam p`ras amadas
Estetas são almas puras
Que vivem suas venturas
Nas varandas portuguesas
Que gostam da boemia
Onde dizem POESIA
E soltam suas fraquezas
A poesia e o fado
Vão juntos a todo lado
Como irmãos siameses
Completam-se, são irmãos
Por isso se dão as mãos
Enquanto bons portugueses
A varanda é, de dia
Miragem da poesia
Miradouro da beleza
Mas à noite, a boemia
Sabe gerar a alegria
Desta alma portuguesa
Juntar a flor e o amor
O sabor e o odor
É saber sabedoria
É eliminar a dor
É sentir e é compor
A canção da poesia
Sabemos que o poeta
É o sábio atleta
Que corre no Infinito
Em busca do ignorado
Que só será encontrado
Entre o belo e o bonito
E aqui entra a sacada
Onde se vê tudo e nada
Com olhos e com a alma
Os primeiros são a vista
E a segunda dá a pista
Onde se corre e se acalma
JVerdasca
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Foto - Acima: Ana Luisa em Romeu e Julieta Invertido - Usina do Gasômetro 2005 (foto de Elisa Viali)
in - Longa Jornada Noite Adentro
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