Uma voz na Pedra - António Ramos Rosa

Assunto:	OUTRO MUNDO...OUTRA VIDA...
Data:	7/Ago 21:57
QUANDO GRITO PARA O VAZIO ESPERO OUVIR A MINHA PALAVRA DE VOLTA...MAS NÃO É ISSO QUE OUÇO....ESCUTO HISTÓRIAS DO PRINCÍPIO DO MUNDO...ALGUMAS GARGALHADAS QUE DE SÚBITO SE TRANSFORMAM EM GRITOS LANCINANTES, QUE ME FAZEM TAPAR OS OUVIDOS. QUANDO PENSO QUE JÁ SÓ RESTA O SILÊNCIO, VOLTO A PRESTAR ATENÇÃO....E AÍ É A MÚSICA QUE SURGE AO MEU ENCONTRO....ORA BRANDA, ORA RETUMBANTE, É A MÚSICA , CONTINUA A NÃO SER EU. EM RESUMO....O HORIZONTE É O INÍCIO DE OUTRO MUNDO QUE TROÇA DE MIM, MAS QUE SABE QUE ME INTRIGA E ENCANTA....UM DIA PARTO Á SUA PROCURA...EM ANEXO, UM BEIJO! . Distribuído por Moranguinho Pereira (hi5) . UMA VOZ NA PEDRA . Não sei se respondo ou se pergunto. Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio. . . Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra. Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho. De súbito, ergo-me como uma torre de sombra fulgurante. A minha tristeza é a da sede e a da chama. Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio. O que eu amo não sei. Amo. Amo em total abandono. Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente. Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim. Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido. Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença. Não sou a destruição cega nem a esperança impossível. Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra. . ANTÓNIO RAMOS ROSA

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