Novidade editorial: O desafio do escombro: Nação, identidades e pós-colonialismo na literatura da Guiné Bissau
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Moema Parente Augel
.Rio de Janeiro: Garamond Universitária, 2007
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Moema Parente Augel nos presenteia, agora, com seu belo e consistente ensaio O desafio do escombro: nação, identidades e pós-colonialismo na literatura da Guiné Bissau, na origem sua tese de doutoramento. Desde o título, a autora nos leva a nós, seus leitores, a ler, conforme nos ensina Barthes, “levantando a cabeça”, para, cúmplices de seu gesto crítico, desafiarmos os próprios escombros com os quais, como sujeitos culturais de países ditos periféricos, temos de nos confrontar a cada passo.
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Moema Parente Augel nos presenteia, agora, com seu belo e consistente ensaio O desafio do escombro: nação, identidades e pós-colonialismo na literatura da Guiné Bissau, na origem sua tese de doutoramento. Desde o título, a autora nos leva a nós, seus leitores, a ler, conforme nos ensina Barthes, “levantando a cabeça”, para, cúmplices de seu gesto crítico, desafiarmos os próprios escombros com os quais, como sujeitos culturais de países ditos periféricos, temos de nos confrontar a cada passo.
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Muito embora o objeto do olhar de Moema seja a literatura da Guiné Bissau, literatura esta sobre a qual, de modo lúcido e percuciente, se debruça desde suas primeiras manifestações até a contemporaneidade, percebe-se que a obra ultrapassa seu próprio objeto, ao se fazer um espaço de reflexão sobre três questões básicas que mobilizam a todos nós, ou seja: “nação, identidades e pós-colonialismo”. Por esse motivo, o ensaio vai além de seu objetivo primeiro – muito importante, aliás, já que há poucas obras sobre a literatura guineense – para alargar-se e nos ajudar a entender melhor as questões mais cruciais de nosso tempo, marcado pela globalização e pela pulsão neoliberalizante, ambas instrumentos impositivos que achatam as diferenças e reforçam as hegemonias ainda hoje infelizmente vigentes. Somos levados, pela voz crítica da estudiosa, a repensar como se faz doloroso o adiamento dos sonhos e como continua a fazer sentido a luta por reforçarmos as nossas faces identitárias, mesmo que seja no espaço da obra literária, seguindo o exemplo dos escritores cujas obras são por ela lidas e analisadas de modo apaixonado, sem que se abandone o rigor científico.
Muito embora o objeto do olhar de Moema seja a literatura da Guiné Bissau, literatura esta sobre a qual, de modo lúcido e percuciente, se debruça desde suas primeiras manifestações até a contemporaneidade, percebe-se que a obra ultrapassa seu próprio objeto, ao se fazer um espaço de reflexão sobre três questões básicas que mobilizam a todos nós, ou seja: “nação, identidades e pós-colonialismo”. Por esse motivo, o ensaio vai além de seu objetivo primeiro – muito importante, aliás, já que há poucas obras sobre a literatura guineense – para alargar-se e nos ajudar a entender melhor as questões mais cruciais de nosso tempo, marcado pela globalização e pela pulsão neoliberalizante, ambas instrumentos impositivos que achatam as diferenças e reforçam as hegemonias ainda hoje infelizmente vigentes. Somos levados, pela voz crítica da estudiosa, a repensar como se faz doloroso o adiamento dos sonhos e como continua a fazer sentido a luta por reforçarmos as nossas faces identitárias, mesmo que seja no espaço da obra literária, seguindo o exemplo dos escritores cujas obras são por ela lidas e analisadas de modo apaixonado, sem que se abandone o rigor científico.
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Percorrendo O desafio do escombro, vemos surgir, frente aos nossos olhos, a Guiné Bissau, rasurando-se o desconhecimento de muitos de nós sobre essa nação africana, nossa irmã na frátria da língua portuguesa. Deparamo-nos, assim, com a geografia física e humana do país, surpreendida nos traços que a definem; nos sujeitos humanos que a compõem; nas estórias, cantos e contos que habitam o imaginário dos seus povos resgatados em sua multiplicidade lingüística e cultural de base. Tudo se projeta no espelho do texto crítico, pela leitura cúmplice, rigorosa e apaixonada de Moema Parente Augel, que tenta, por ela, leitura, como propõe Schneider, “recobrir o mais possível a escritura” que a mobiliza. Com certeza a Guiné Bissau lhe agradecerá por seu gesto amoroso e solidário e o leitor atento também a ela agradecerá por lhe propiciar o reconhecimento de seu próprio jogo especular identitário.
Percorrendo O desafio do escombro, vemos surgir, frente aos nossos olhos, a Guiné Bissau, rasurando-se o desconhecimento de muitos de nós sobre essa nação africana, nossa irmã na frátria da língua portuguesa. Deparamo-nos, assim, com a geografia física e humana do país, surpreendida nos traços que a definem; nos sujeitos humanos que a compõem; nas estórias, cantos e contos que habitam o imaginário dos seus povos resgatados em sua multiplicidade lingüística e cultural de base. Tudo se projeta no espelho do texto crítico, pela leitura cúmplice, rigorosa e apaixonada de Moema Parente Augel, que tenta, por ela, leitura, como propõe Schneider, “recobrir o mais possível a escritura” que a mobiliza. Com certeza a Guiné Bissau lhe agradecerá por seu gesto amoroso e solidário e o leitor atento também a ela agradecerá por lhe propiciar o reconhecimento de seu próprio jogo especular identitário.
O DESAFIO DO ESCOMBRO é um estudo pioneiro de Moema Parente Augel que trata da literatura contemporânea da Guiné-Bissau, numa abordagem plural à luz dos Estudos Culturais, cruzando conhecimentos e questionamentos sobre ancestralidades, identidades e resistências culturais às velhas e novas formas de colonialismo. A autora, neste ensaio lúcido e consistente, acompanha os diversos momentos da poesia e da prosa guineenses, enquanto espaço de projeção identitária, detectando o papel que assumem seus escritores que, desconstruindo a história hegemônica, se empenham na afirmação da nacionalidade, através das representações simbólicas que fazem a singularidade dessa literatura quase desconhecida, mesmo do público de língua portuguesa.
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A conjuntura literária da Guiné-Bissau dos anos 90 em diante é decididamente marcada pela força da dicção de Abdulai Sila e o tratamento do inverso em Mistida; pela recuperação da memória ancestral no cantopoema de Odete Semedo No fundo do canto; pelo acerto de contas de Filinto de Barros com os “Comandantes” e a visão dos esquecidos em Kikia Matcho; pelo riso irônico, divertido e participante das crônicas de Carlos Lopes em Corte Geral, assim como pela multifacetada busca identitária e pela afirmação da diferença nos poemas de Tony Tcheka, Félix Sigá, Huco Monteiro, Respício Nuno, entre outros.
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Moema Parente Augel, em O DESAFIO DO ESCOMBRO, analisa e apresenta esses autores e seus textos descolonizados, onde os ecos da opressão colonial e seus prolongamentos transparecem no tecido literário, interligando as práticas de resistência e recuperação da história à arquitetação do futuro. A obra ressalta como esses escritores partem dos destroços de uma utopia em ruínas, promovendo o ressarcimento da auto-estima e do respeito; lutam contra a anulação cultural do acervo simbólico tradicional e a homogeneização redutora das diferenças que constituem a especificidade guineense; apontam pistas para a revivência do espírito identitário da comunidade nacional. Elevando suas vozes testemunhais, reabilitam a história dos vencidos e plasmam, com seus textos, a representação simbólica de uma comunidade de destino, de história e de cultura: a Guiné-Bissau;
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Nota sobre a autora:
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Moema Parente Augel é Licenciada em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), Mestra em Ciências Humanas pela mesma Universidade e Doutora em Literaturas Africanas pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Radicada na Alemanha, foi professora de Português e Cultura Brasileira nas Universidades de Bielefeld e Hamburgo, encontrando-se aposentada desde 2006. Dedica-se há décadas à literatura afrobrasileira e à literatura guineense. Tendo vivido na Guiné-Bissau entre 1992 e 1998, vem publicando uma série de estudos a respeito, destacando-se a Nova Literatura da Guiné-Bissau ((Bissau: INEP, 1998, 466 p.). Outras publicações: Ora di kanta tchiga. José Carlos Schwarz e o Cobiana Djazz (1997); Schwarze Prosa. Prosa Negra. Afrobrasilianische Erzählungen der Gegenwart. (1992); Schwarze Poesie. Poesia Negra. Afrobrasilianische Dichtung der Gegenwart (1988, 1988².); Visitantes estrangeiros na Bahia oitocentista (1980).
Moema Parente Augel é Licenciada em Letras pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), Mestra em Ciências Humanas pela mesma Universidade e Doutora em Literaturas Africanas pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Radicada na Alemanha, foi professora de Português e Cultura Brasileira nas Universidades de Bielefeld e Hamburgo, encontrando-se aposentada desde 2006. Dedica-se há décadas à literatura afrobrasileira e à literatura guineense. Tendo vivido na Guiné-Bissau entre 1992 e 1998, vem publicando uma série de estudos a respeito, destacando-se a Nova Literatura da Guiné-Bissau ((Bissau: INEP, 1998, 466 p.). Outras publicações: Ora di kanta tchiga. José Carlos Schwarz e o Cobiana Djazz (1997); Schwarze Prosa. Prosa Negra. Afrobrasilianische Erzählungen der Gegenwart. (1992); Schwarze Poesie. Poesia Negra. Afrobrasilianische Dichtung der Gegenwart (1988, 1988².); Visitantes estrangeiros na Bahia oitocentista (1980).
Laura Cavalcante Padilha
Resumo
A busca identitária na África como nas Américas, se quiser escapar da autocolonização, terá forçosamente que encontrar definições face ao violento processo de anulação das diferenças e das especificidades culturais vivenciadas pelos novos estados.
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Os autores guineenses, com seus textos descolonizados, a partir tanto da recuperação da memória ancestral pelo jogo intertextual com as tradições, quanto pela desconstrução e reterritorialização da herança colonial prolongada pelo neocolonialismo e pelo autocolonialismo, representam uma resposta e uma reação, no nível da fabulação e da apropriação simbólica, à dependência dos parâmetros ocidentais e hegemônicos.
Os autores guineenses, com seus textos descolonizados, a partir tanto da recuperação da memória ancestral pelo jogo intertextual com as tradições, quanto pela desconstrução e reterritorialização da herança colonial prolongada pelo neocolonialismo e pelo autocolonialismo, representam uma resposta e uma reação, no nível da fabulação e da apropriação simbólica, à dependência dos parâmetros ocidentais e hegemônicos.
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A literatura guineense oferece fecundos elementos para uma reflexão sobre a identidade nacional e acerca de como o discurso estético-literário nos contempla com construções de significados de nacionalidade que substituem, ou podem pelo menos substituir, a falência (e a falácia) do discurso ufanista, autocelebrante do poder autoritário, ainda ancorado nas glórias das lutas libertárias.
A literatura guineense oferece fecundos elementos para uma reflexão sobre a identidade nacional e acerca de como o discurso estético-literário nos contempla com construções de significados de nacionalidade que substituem, ou podem pelo menos substituir, a falência (e a falácia) do discurso ufanista, autocelebrante do poder autoritário, ainda ancorado nas glórias das lutas libertárias.
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A força da dicção de Abdulai Sila em Mistida, o brado de Odete Semedo em No fundo do canto, o acerto de contas de Filinto de Barros em Kikia Matcho, as crônicas divertidas e irônicas de Carlos Lopes, assim como os poemas de Huco Monteiro, Respício Nuno, Félix Sigá ou Tony Tcheka, entre outros, marcam a conjuntura literária da Guiné-Bissau dos anos 90 em diante e mudam os contornos da figuração da identidade nacional, neste momento em que as promessas já nada dizem nem nada representam.
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SUMÁRIO
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PREFÁCIO 11
1 OS CAMINHOS DA MOTIVAÇÃO, DA METODOLOGIA , DA ELABORAÇÃO 15
Os Estudos Culturais como base metodológica 25
Comunidade de cultura, de história e de destino 32
As etapas e os contornos da elaboração 37
2 O CONTEXTO GEOGRÁFICO, HISTÓRICO E SOCIAL 43
O meio ambiente 43
Panorama histórico 44
A época antes da colonização 44
Primeiros contactos com os portugueses 45
A colonização 49
A luta armada 54
O período pós-independência 56
Antecedentes do conflito armado de 1998-1999 59
Onze meses de guerra e luto 61
Período pós-guerra 64
Situação social do país 66
Os grupos étnicos 70
A questão lingüística 72
A língua guineense 76
O guineense nas manifestações escritas 79
As religiões 85
3 A LITERATURA GUINEENSE: PRODUÇÃO E RECEPÇÃO 93
Guineenses sobre a literatura guineense 94
A literatura guineense em Portugal 98
A literatura guineense no Brasil 104
A literatura da Guiné-Bissau fora do contexto lusógrafo 108
A Guiné-Bissau e sua literatura nos países africanos 115
4 PÓS-COLONIALISMO, NEOCOLONIALISMO, ANTICOLONIALISMO 119
Inocência versus força bruta 121
A máquina de fazer o outro 126
Os espaços do pós-colonial 132
O neocolonialismo e a “lógica imperial” 137
A reação anticolonialista 153
A língua portuguesa - espaço de transgressão 158
Guiné-Bissau: descolonização... e agora? 166
5 LITERATURA COMO APROPRIAÇÃO SIMBÓLICA 171
O processo de entendimento interétnico 172
A apropriação simbólica 175
O desenraizamento na diáspora 176
O estranhamento 181
O espaço vital 186
A construção social de etnia 190
O “nós” e os “fora de nós” 194
Motivos do “desassossego da Guiné” 203
Os poilões vão sangrar de desgosto 211
A ermondadi em perigo 214
A baraka reterritorializada 219
6 LITERATURA E IDENTIDADE CULTURAL 221
O ser nacional 221
Desterrados de si mesmos: a identidade individual 225
Oscilações e incertezas. O “olhar para dentro” de Odete Semedo 226
Félix Sigá, “foz de mil cascatas furiosas” 229
Comunidade de destino: a identidade compartilhada 234
Pascoal D’Artagnan Aurigemma, “poeta soldado”, “poeta proibido” 235
Tony Tcheka e o seu insone “olhar para fora” 241
7 LITERATURA E A NARRAÇÃO DA NAÇÃO 251
“Poesia de africanidade” 252
Desejo de ser nação 255
O não apagar da memória 258
A construção de significados 262
Ver com “os olhos da mente” 266
“Unidade e luta” 271
O discurso literário dos anos noventa: revelando os arquivos do silêncio 274
A visão dos vencidos: Kikia Matcho 278
Fundação da nacionalidade 285
A metonímia da nação: Abdulai Sila e sua Trilogia 288
As três faces de Ndani 289
A terra para onde “a gente pode regressar” 293
O tratamento do inverso: mistidas a safar 298
O espaço da dor e do escárnio: Tcholonadur Odete Semedo 309
“No fundo... no fundo...” 313
O protocolo do horror 319
O “Consílio dos Irans” 322
Os “embrulhos” 328
Retraçando territorialidades 337
8 CONCLUSÕES: O DESAFIO DO ESCOMBRO 339
REFERÊNCIAS 357
Obras literárias de autores guineenses 357
Outras referências 359
Sites consultados 379
APÊNDICES 381
Apêndice A - Guiné-Bissau - Dados gerais 383
Apêndice B - Cronologia histórica 385
Apêndice C - Indicadores econômicos 388
Apêndice D - Indicadores sociais 389
Apêndice E - Dados culturais 390
ANEXOS 393
Anexo A - Mapa da África 395
Anexo B - Mapa da Guiné-Bissau
Anexo C - Hino Nacional da Guiné-Bissau 397
399
A força da dicção de Abdulai Sila em Mistida, o brado de Odete Semedo em No fundo do canto, o acerto de contas de Filinto de Barros em Kikia Matcho, as crônicas divertidas e irônicas de Carlos Lopes, assim como os poemas de Huco Monteiro, Respício Nuno, Félix Sigá ou Tony Tcheka, entre outros, marcam a conjuntura literária da Guiné-Bissau dos anos 90 em diante e mudam os contornos da figuração da identidade nacional, neste momento em que as promessas já nada dizem nem nada representam.
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SUMÁRIO
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PREFÁCIO 11
1 OS CAMINHOS DA MOTIVAÇÃO, DA METODOLOGIA , DA ELABORAÇÃO 15
Os Estudos Culturais como base metodológica 25
Comunidade de cultura, de história e de destino 32
As etapas e os contornos da elaboração 37
2 O CONTEXTO GEOGRÁFICO, HISTÓRICO E SOCIAL 43
O meio ambiente 43
Panorama histórico 44
A época antes da colonização 44
Primeiros contactos com os portugueses 45
A colonização 49
A luta armada 54
O período pós-independência 56
Antecedentes do conflito armado de 1998-1999 59
Onze meses de guerra e luto 61
Período pós-guerra 64
Situação social do país 66
Os grupos étnicos 70
A questão lingüística 72
A língua guineense 76
O guineense nas manifestações escritas 79
As religiões 85
3 A LITERATURA GUINEENSE: PRODUÇÃO E RECEPÇÃO 93
Guineenses sobre a literatura guineense 94
A literatura guineense em Portugal 98
A literatura guineense no Brasil 104
A literatura da Guiné-Bissau fora do contexto lusógrafo 108
A Guiné-Bissau e sua literatura nos países africanos 115
4 PÓS-COLONIALISMO, NEOCOLONIALISMO, ANTICOLONIALISMO 119
Inocência versus força bruta 121
A máquina de fazer o outro 126
Os espaços do pós-colonial 132
O neocolonialismo e a “lógica imperial” 137
A reação anticolonialista 153
A língua portuguesa - espaço de transgressão 158
Guiné-Bissau: descolonização... e agora? 166
5 LITERATURA COMO APROPRIAÇÃO SIMBÓLICA 171
O processo de entendimento interétnico 172
A apropriação simbólica 175
O desenraizamento na diáspora 176
O estranhamento 181
O espaço vital 186
A construção social de etnia 190
O “nós” e os “fora de nós” 194
Motivos do “desassossego da Guiné” 203
Os poilões vão sangrar de desgosto 211
A ermondadi em perigo 214
A baraka reterritorializada 219
6 LITERATURA E IDENTIDADE CULTURAL 221
O ser nacional 221
Desterrados de si mesmos: a identidade individual 225
Oscilações e incertezas. O “olhar para dentro” de Odete Semedo 226
Félix Sigá, “foz de mil cascatas furiosas” 229
Comunidade de destino: a identidade compartilhada 234
Pascoal D’Artagnan Aurigemma, “poeta soldado”, “poeta proibido” 235
Tony Tcheka e o seu insone “olhar para fora” 241
7 LITERATURA E A NARRAÇÃO DA NAÇÃO 251
“Poesia de africanidade” 252
Desejo de ser nação 255
O não apagar da memória 258
A construção de significados 262
Ver com “os olhos da mente” 266
“Unidade e luta” 271
O discurso literário dos anos noventa: revelando os arquivos do silêncio 274
A visão dos vencidos: Kikia Matcho 278
Fundação da nacionalidade 285
A metonímia da nação: Abdulai Sila e sua Trilogia 288
As três faces de Ndani 289
A terra para onde “a gente pode regressar” 293
O tratamento do inverso: mistidas a safar 298
O espaço da dor e do escárnio: Tcholonadur Odete Semedo 309
“No fundo... no fundo...” 313
O protocolo do horror 319
O “Consílio dos Irans” 322
Os “embrulhos” 328
Retraçando territorialidades 337
8 CONCLUSÕES: O DESAFIO DO ESCOMBRO 339
REFERÊNCIAS 357
Obras literárias de autores guineenses 357
Outras referências 359
Sites consultados 379
APÊNDICES 381
Apêndice A - Guiné-Bissau - Dados gerais 383
Apêndice B - Cronologia histórica 385
Apêndice C - Indicadores econômicos 388
Apêndice D - Indicadores sociais 389
Apêndice E - Dados culturais 390
ANEXOS 393
Anexo A - Mapa da África 395
Anexo B - Mapa da Guiné-Bissau
Anexo C - Hino Nacional da Guiné-Bissau 397
399
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