domingo, 7 de março de 2010

VIVER SEMPRE TAMBÉM CANSA - José Gomes Ferreira

Assunto: JOGO DE ESPELHOS
Data: 2/Mar 21:45
A VIDA É UM JOGO DE ESPELHOS EM QUE TE PERDES E EMBARAÇAS, PROJECTANDO MIL IMAGENS DE TI, SEM NADA QUE TE APONTE QUAL É A CERTA. COM VAIDADE ESCOLHES A QUE ACHAS MAIS BELA E SAIS SORRIDENTE COM ELA NA ALGIBEIRA. AO PRIMEIRO CONFRONTO COM A REALIDADE EXIBE-LA, CERTO E SEGURO DE QUE É A CHAVE PARA A VITÓRIA. FICAS ATÓNITO QUANDO NÃO A ACEITAM.PERDIDO QUANDO DELA ESCARNECEM.ACABRUNHADO QUANDO A COMPARAS.REVOLTADO QUANDO TA PROIBEM.DERROTADO QUANDO A DESTROEM. TENS DE DEIXAR DE SENTIR VIDA PARA RECONHECERES QUE TE ENGANASTE.NADA ÉS SEM TI E TÃO SEGURO ESTAVAS QUE ESQUECESTE O CAMINHO DE VOLTA Á SALA DOS ESPELHOS.....AGORA SÓ TE RESTA OLHAR OS OUTROS E FINGIR QUE, CADA UM DELES ÉS TU. DESISTISTE DE VIVER, APENAS VÊS PASSAR JUNTO A TI A VIDA DOS OUTROS, MAS OLHA, POUCOS SÃO OS QUE ACERTAM NA VIDA QUE LHES CABE. O MUNDO TRANSBORDA DE MIRAGENS...EM ANEXO UM BEIJO!

( PEÇO DESCULPA DA MINHA AUSÊNCIA. FUI PARA FORA E ESQUECI-ME DE AVISAR )
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Distribuído  Por Moranguinho Pereira (hi5)
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VIVER SEMPRE TAMBÉM CANSA

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As paisagens não se transformam
Não cai neve vermelha
Não há flores que voem,
A lua não tem olhos
Niguém vai pintar olhos à lua
Tudo é igual, mecanico e exacto
Ainda por cima os homens são os homens
Soluçam, bebem riem e digerem
sem imaginação.
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E há bairros miseráveis sempre os mesmos
discursos do cavaco, guterres e carvalhas
guerras, orgulhos em transe
automóveis de corrida...
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E obrigam-me a viver até à morte!
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Pois não era mais humano
Morrer por um bocadinho
De vez em quando
E recomeçar depois
Achando tudo mais novo?
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Ah! Se eu podesse suicidar-me por seis meses
Morre em cima dum divã
Com a cabeça sobre uma almofada
Confiante e sereno por saber
Que tu velavas, meu amor do norte.
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Quando viessem perguntar por mim
Havias de dizer com teu sorriso
Onde arde um coração em melodia
Matou-se esta manhã
Agora não o vou ressuscitar
Por uma bagatela
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JOSÉ GOMES FERREIRA 
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2 comentários:

Unknown disse...

Podia postar a análise deste poema "Viver sempre também cansa" ?

Victor Nogueira disse...

João Chen
O lapso editorial está solucionado. Grato pela chamada de atenção