sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Antônio Queiroz de França - O Manifesro Comunista em Cordel

O MANIFESTO COMUNISTA EM CORDEL



O economista, filósofo e socialista alemão Karl Marx tem, pela primeira vez, suas idéias lançadas em poemas de cordel pelo poeta popular cearense Antônio Queiroz de França.

Literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. É um gênero literário especialmente encontrado no Nordeste brasileiro


Trechos de “O Manifesto Comunista em Cordel”:


Pensadores, sociólogos,
Cientistas sociaisi
Preocupem-se com o Homem
Este “rei dos animais”
Que cultiva o egoísmo,
Da ética não lembra mais.


Devido à desigualdade
Estudam a economia
E chegaram à conclusão
Que a poucos privilegia
Sem o mínimo pra ter vida
Sofre a grande maioria.


Fizeram a divisão
Após “estudos profundos”:
“Primeiro mundo” dos ricos,
“Terceiro” dos moribundos.
Os pobres escravizados
Por burgueses dos dois mundos.


Um grande gênio alemão
E um outro camarada
Prepararam uma tese
Da humanidade estudada
E descobriram a causa
Da fome verificada.


Foi de Karl Marx e Engels
A grande ação humanista
Quando lançaram ao mundo
O Manifesto Comunista,
Dizendo que nosso grito
Necessita ser conquista.


Em mil e oitocentos e
Quarenta e sete emitiram
Na liga dos comunistas
Em congresso decidiram,
O Manifesto dos pobres
Marx e Engels redigiram.


Feito de forma eclética
Une anticapitalistas
Da grande Liga Operária
Os quais eram comunistas
Que faziam um consenso
Com os irmãos anarquistas.


Quando a vida virou luxo
Neste tal Planeta Terra
Onde poucos vivem bem.
Pra se manter fazem guerra
Sobre muitos que produzem
Nova escravidão se encerra.


Gera insensibilidade
Em todos desde a infância:
Nos ricos por vaidade,
É causada por ganância;
Nos pobres pela miséria,
A causa é ignorância.


Sobre os nossos ombros pesa
A responsabilidade
Entre o nosso segmento
Com solidariedade.


O Partido Comunista
Já começa a progredir
E os vários movimentos
Resolveram se unir,
Para vil exploração,
Neste planeta, abolir.


Várias correntes de idéias,
Movimentos Sociais,
Havia, entre operários
E entre intelectuais.
Depois deste Manifesto
Tornaram-se consensuais.


O movimento operário
Chamava-se comunista,
Dos intelectuais
Era o socialista.
Afora outro que havia
Chamado de anarquista.


Dizem no Manifesto
Que existia um fantasma
Rondando toda a Europa
(De medo o Estado pasma),
Que prometia dá fim,
Entre nós, num cataplasma.


Karl Marx conclama a todos
Para entrarem em ação
Unindo os trabalhadores
Sem destinção de nação
Para o fantasma passar
Á materialização.


http://ceget.blogspot.com/2010/01/o-manifesto-comunista-em-cordel.html 


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