06 Novembro, 2006
Arestas de Vento Bom
Ao Ricardo Cardoso,
À Céu Campos, com um imenso obrigado, pela partilha, pela amizade.
A todos e a cada um dos meus amigos
Por um por todos por nenhum
faço o meu canto canto a minha mágoa
num desencanto aberto pelo gume
deste pranto tão limpo como a água.
Por nenhum por todos ou por um
eu dou o meu poema o meu tecido
de palavras gravadas com o lume
do medo que na voz trago vencido.
Por nenhum por um mesmo por todos
sou a bala e o vinho sou o mesmo
que pisa as uvas os versos e o lodo
num chão onde a coragem nasce a esmo.