domingo, 24 de outubro de 2010

Arte e Poesia em Modus Vivendi

24 de outubro de 2010

Amalia Fernandez de Cordova

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porque ontem esta lua estava por cá
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Acaso de existir

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Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
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José Gomes Ferreira
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23 de outubro de 2010

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Bruno Epple

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um Orfeu naïf
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Evocação

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(gentileza de Amélia Pais)
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Cansei-me deste exílio de onde há dias
fugi na direcção do mar. A gente
abandonara a praia, os gritos e os navios,
que nunca navegaram, tinham fundeado
na areia onde as gaivotas devoravam
as pegadas humanas, deixando as suas
que o vento apagaria à noite,
e as ondas repetiam a espúria eternidade.
Que mais posso dizer? Que fui eu quem voltou
ao exílio, que os cedros escurecem,
que os dias não tornaram mais com alegria,
que vejo na cidade, em janelas como esta,
caminhos incompletos atrás das vidraças
e, à distância, outra larga frente ao mar,
onde, olhando, o teu vulto permanece.
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Nuno Dempster
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22 de outubro de 2010

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Giovanni Domenico Cerrini

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uma Rebeca na Roma barroca 
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Como o amor é maravilhosamente estranho

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"Como o amor é maravilhosamente estranho", pensou para consigo. "E quão estranhamente maravilhoso!".
A peste e a panaceia.
A ruína e a sua reparação.
A pergunta e a resposta.

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Siddharth Dhanvant Shangvi, in Melodia ao anoitecer, trad. Lídia Geer
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