sábado, 9 de outubro de 2010

Odes de Anacreonte - Da sua lira

Odes de Anacreonte - Da sua lira ☆☆☆ Odes d`Anacreon - Sur sa lyre

por Carmen Montesino a Sexta-feira, 8 de Outubro de 2010 às 23:18
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De Atridas os feitos, de Cadmo os louvores        
tentei celebrar; e a lira rebelde só cantos de amores     
me quis entoar.

Impus-lhe outras cordas...trabalho perdido!         
A lira troquei; aos feitos de Alcides a nova convido...        
e Amor  lhe escutei!

Adeus, grandes homens! Buscai noutra lira            
o vosso louvor!
A minha não sabe; não pode; suspira           
só cantos de amor.                                                                                          
 
Anacreonte

☆☆☆

Je dirais volontiers les Atréides,
volontiers je chanterais Kadmos ;
mais les cordes de ma lyre ne sonnent qu'Erôs.

Récemment, ayant changé l'écaille de tortue et toutes ses fibres,
je chantais les travaux de Hèraklès ;
mais elle ne sonna qu'Erôs.

Adieu donc, ô héros, pour jamais,
car les cordes de ma lyre ne sonnent qu'Erôs

Anacreon


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Wellesz | 28 de Abril de 2009
Luigi Dallapiccola: Liriche Greche.

N.3: Due Liriche di Anacreonte per Canto e Strumenti (1945)

1. Canoni: Quasi Lento, ma senza trascinare
2. Variazioni: Sostenuto; con violenza

Anita Morrison, Soprano

Dallapiccola Ensemble diretto da Luigi Suvini
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Les Graces et Venus dansent devant Mars - A. Canova (1798)
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Anacreonte
(TEOS, séculos vi-v a. C.)
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Poeta grego. Provém de uma família de origem jónica. Passa quase toda a primeira parte da sua vida na corte de Polícrates, tirano de Samos. Após a morte do seu protector instala-se em Atenas. Segundo testemunhos antigos chega à idade de 85 anos. Segundo a tradição, morre engasgado por um cacho de uvas. Anacreonte é basicamente um poeta cortesão que celebra os prazeres do vinho e do amor com versos festivos e laudatórios. Não trata temas sérios, e se o faz é com tom burlão ou superficial. Aos fragmentos conservados dos seus cinco livros (odes, canções, elegias, epigramas, etc.) há que acrescentar toda uma tradição («poesia anacreôntica») que canta os prazeres das musas (as artes) e de Afrodite (o amor).
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http://www.vidaslusofonas.pt/anacreonte.htm
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