segunda-feira, 17 de junho de 2024

João Vasconcelos-Costa e “cultura integral”.



* João Vasconcelos-Costa, 

Tenho pena de não conseguir identificar o autor (sei que de língua espanhola) de uma expressão que bem define os tempos que vivemos. Uma obscuridade escura! Já vivemos tempos de obscuridade, de obscurantismo imposto, mas em que havia sempre alguma luz, na mão de alguém que resiste, de alguém que diz não. Claro que hoje há luzes, mas tão fracas que olhos cansados já não as conseguem ver.

Nestes tempos negros, há coisas pessoais, de cada homem que se quer inteiro, que são cada vez mais difíceis.

Ser coerente, manter os valores essenciais, não deixar que a ética seja vencida pelo “sentido das realidades”.

Sentir verdadeiramente o essencial do humanismo, expresso no verso de Terêncio que é o meu lema e também foi de Marx: “Homo sum. Humani nihil a me alienum puto”, “Sou homem. Nada do que é humano me é estranho”.

Ser racional. Obedecer ao mandamento de Espinosa: “Non ridere, non lugere, neque detestari, sed intelligere”, “Não rir (ou troçar), não chorar, não detestar, mas compreender”.

Destas três coisas tão simples (?) se faz a minha “filosofia espontânea”, ou, para usar uma referência portuguesa, a minha “cultura integral”.

2024 06 17
https://www.facebook.com/jvascost

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