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Reconciliação, de Else Lasker‑Schüler
Um dos três poemas enxertados no auto "Breve Sumário da História de Deus". Os outros dois são o de Ruy Belo, já para este blogue transcrito, e o "Salmo 139 mudado por Herberto Helder".
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Reconciliação
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Há‑de uma grande estrela cair no meu colo…
A noite será de vigília,
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E rezaremos em línguas
Entalhadas como harpas.
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Será noite de reconciliação –
Há tanto Deus a derramar‑se em nós.
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Crianças são os nossos corações,
Anseiam pela paz, doces-cansados.
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E nossos lábios desejam beijar‑se –
Porque hesitas?
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Não faz meu coração fronteira com o teu?
O teu sangue não pára de dar cor às minhas faces.
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Será noite de reconciliação,
Se nos dermos, a morte não virá.
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Há‑de uma grande estrela cair no meu colo.
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Else Lasker‑Schüler
In Baladas Hebraicas. Trad. João Barrento.
Lisboa: Assírio & Alvim, 2002. p. 45.
Há‑de uma grande estrela cair no meu colo…
A noite será de vigília,
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E rezaremos em línguas
Entalhadas como harpas.
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Será noite de reconciliação –
Há tanto Deus a derramar‑se em nós.
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Crianças são os nossos corações,
Anseiam pela paz, doces-cansados.
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E nossos lábios desejam beijar‑se –
Porque hesitas?
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Não faz meu coração fronteira com o teu?
O teu sangue não pára de dar cor às minhas faces.
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Será noite de reconciliação,
Se nos dermos, a morte não virá.
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Há‑de uma grande estrela cair no meu colo.
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Else Lasker‑Schüler
In Baladas Hebraicas. Trad. João Barrento.
Lisboa: Assírio & Alvim, 2002. p. 45.
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