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"Por que razão haveria de abrir os olhos,
se o que me rodeia já está dentro de mim.
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Em vão perco o que em vão procuro.
Olhando sem olhar,
tocando sem tocar, ouvindo
sem que até mim chegue já som algum,
imóvel,
igual a uma pedra.
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Pouco a pouco,
o oculto e o visível transformam-se num só
como o rio
e a sua sombra.
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(E o silêncio
é escutar o coração de um anjo.)
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Ponho à prova o presente:
o seu ponto de chegada sem chegada.
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Pergunto-me quem sou,
quem és,
quem somos.
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De pé , em frente ao abismo do silêncio,
começa outra noite.
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Josep M Rodríguez
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Quando mirarem o céu da noite, recordem a vossa Maria, dizem da Lua alguns ... Beijos
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ps: bem hajam pelo carinho e companhia até aqui :)
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ps: espero que gostem deste poema que vos deixo ... levo saudades de todos!
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Distribuido por Flor do Deserto (hi5)
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