* Manuel Alegre
Não era só a voz o som a oitava
que ele queria sempre mais acima
nem sequer a palavra que nos dava
restituída ao tom de cada rima.
Era a tristeza dentro da alegria
era um fundo de festa na amargura
e a quase insuportável nostalgia
que trazia por dentro da ternura.
O corpo grande e a alma de menino
trazia no olhar aquele assombro
de quem quer caber e não cabia.
Os pés fora do berço e do destino
alguém o viu partir de viola ao ombro.
Era Outubro em Avintes. E chovia
https://amigosmaioresqueopensamento.wordpress.com/2012/01/08/poema-soneto-de-manuel-alegre-dedicado-a-adriano-correia-de-oliveira/
Sem comentários:
Enviar um comentário