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Quando ele viu um cabelinho branco
Na sua negra e farta cabeleira,
Disse, com raiva e cheio de canseira:
Demora, diabo, que eu te pego e arranco!
Porém, o tempo, sério, rijo e franco,
Que não gosta daquela brincadeira,
Da planície o levou para a ladeira
E colocou bem no cimo do barranco.
E hoje o vaidoso, sem consolo, chora,
Bem diferente do que foi outrora,
Doente e magro qual um esqueleto.
Com um espelho quando se depara
Triste e choroso, sem prazer repara
Se ainda tem algum cabelo preto.
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Fonte: www.interpoetica.com
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in Vermelho - 6 DE MARÇO DE 2009 - 17h55
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Prosa@Poesia Seleção Especial, Publica autores consagrados da literatura brasileira e mundial. São textos escolhidos especialmente para os internautas do Vermelho. A seleção é de Adalberto Monteiro.
.in Vermelho - 6 DE MARÇO DE 2009 - 17h55
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