segunda-feira, 15 de março de 2021

Filipe Chinita - vestia-me

* Filipe Chinita


vestia-me
de 'belas'
camisolas interiores.
de forte e justo algodão canelado
(oh como eu as amo... e já não se encontram!)

e
apesar...
do súbito.inesperado soco da tua morte
(ainda) todos os sonhos da vida!
estavam em mim

e
amava-te...
apaixonadamente
a ti e à tua família
- restrita e larga -
como a ninguém
mais
.
e
no entanto
nem (ainda) pensava editar
toda a minha poesia...

sempre escrita
ao momento

de a todo
o espaço
/tempo
.
ah
e tinha
uns resistentes
calções cremes.malboro.
que sempre me cabiam
de toda a ainda
minha estreita
cintura...
de vida
e
(que) me serviam
para tudo!
e
quasi.todas as
situações
.
e
calçava sempre!
e a todo o tempo
de pés
nus...
nos quasi.sempre mesmos sapatos.
sebago.de uma vida...
conduzindo
como
um todo o terreno
e a todo o tempo!
milhares
sobre milhares
de quilómetros
de te levar
a ver
o todo!
o (meu) possível
e amado
mundo...
.
o cabelo
me era sempre
de sem lei nem roque...
à simples mercê
da rebeldia...
do vento!
.
fj
09.18
15.03.2021
e
esta - minha - serenidade
de mal acordo
logo (poder)
escrever
poesia...
a
todo
o tempo.de paz.em mim!
me 'salva'... da contínua
alienada... morte
dos dias

Filipe enviou a mensagem: Ontem às 09:50

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