terça-feira, 18 de março de 2008

Pela paz contra o paramilitarismo - Colombianos exigem diálogo

http://www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/colombiaimagem/mapa-colombia.jpg


Centenas de milhares de colombianos manifestaram-se, quinta-feira, dia 6 [de Março de 2008], contra o paramilitarismo e em memória das vítimas do terrorismo de Estado no país. O protesto estendeu-se a pelo menos outras 22 cidades na Europa, África, América do Norte e do Sul.


Na capital, Bogotá, a histórica Praça de Bolívar foi pequena para acolher todos os que integraram a marcha convocada pelo Movimento Nacional de Vítimas dos Crimes do Estado, pelo Pólo Democrático Alternativo (PDA), e por dezenas de outras organizações sociais, sindicais e populares colombianas que rejeitam a política criminosa do presidente Álvaro Uribe, revelou o Partido Comunista Colombiano em informações divulgadas no seu sítio na Internet.
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Nas iniciativas que se multiplicaram por várias cidades da Colômbia, com destaque para Cartagena, Bucaramanga, Medellín, Manizales, Pereira, Barranquilha, San Onofre (onde foram encontradas várias valas comuns e emitidos os primeiros mandatos judiciais contra políticos envolvidos nos massacres) e Popayán, os manifestantes exigiram ainda que a justiça apure e puna sem rodeios os responsáveis das alegadamente extintas Autodefesas Unidas da Colômbia, organização paramilitar que, acusam, gozou do auxílio da direita no poder para matar, assassinar, reprimir e coagir o povo.
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Em comunicado de mobilização para a marcha emitido no passado dia 25 de Fevereiro, o PDA reafirmou, uma vez mais, «a necessidade de alcançar acordos humanitários e uma solução política negociada para o conflito armado que assola o país». As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular (FARC-EP), expressaram por diversas vezes a vontade em solucionar pelo diálogo o conflito com o governo, mas quer Uribe, quer a maioria dos seus antecessores na chefia do Estado, recusaram sempre a proposta, pese embora os gestos pacíficos da organização, como a libertação unilateral de prisioneiros de guerra.
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Nos protestos ocorridos na Colômbia, os participantes recordaram ainda os 4 milhões de deslocados e o roubo de mais de 6 milhões de hectares de terra a camponeses pobres; os 15 mil desaparecidos às mãos do terrorismo de Estado desde 1982; os 3 mil mortos encontrados em valas comuns e os mais de 3500 massacres efectuados por paramilitares e tropas governamentais; os 1700 indígenas, 2500 sindicalistas, 650 activistas rurais e 5 mil membros da malograda União Patriótica alvo da raiva incontida da direita assassina.
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Em Paris, Montreal, Québec, México, Caracas, Buenos Aires, Quito, Berlim, Washington, Barcelona, Bruxelas, Cairo, Estocolmo, Genebra, Londres, Lyon, Melbourne, Madrid, Montevideu, Nova Iorque, Otawa e Valência, também se realizaram concentrações pela paz e contra o terrorismo de Estado na Colômbia.
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in Avante 2008.03.13
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Espaço destinado às traduções para o português das notícias publicadas pela Agência de Notícias Nova Colômbia - ANNCOL.
http://anncol.eu/index.php

A LUTA DE UM POVO, UM POVO EM LUTA!

Este material pode ser reproduzido livremente, desde que citada a fonte. Este material deve ser reproduzido amplamente, para que o sofrimento do povo colombiano termine o quanto antes, para que a mais sangrenta intromissão do imperialismo na América Latina tenha fim.

MANIFESTO PELA JORNADA MUNDIAL PELA PAZ NA COLÔMBIA

Biografia não autorizada do narco-presidente Álvaro Uribe - Clique aqui para baixar


Domingo, 9 de Março de 2008

Cem milhões* de brasileiros na Jornada Mundial Pela Paz Na Colômbia

ANNCOL - Brasil
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Ainda não é possível avaliar, nem contabilizar o contingente de populares mobilizados neste 06 de março [de 2008], na Jornada Mundial Pela Paz na Colômbia, no Brasil. Mas as manifestações, atividades, eventos e debates, mobilizaram pessoas em todas as regiões do país..

Em São Paulo, a manifestação coordenada pelo Cebrapaz, em conjunto com as entidades da Coordenação dos Movimentos Sociais, incluindo a UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), dentre outras, chamadas pela ANNCOL a menifestar seu posicionamento quanto ao conflito colombiano, reuniu mais de 2 mil lideranças populares, em ato em frente à Praça Ramos, que incluiu um debate sobre a questão do conflito colombiano..

Na manifestação de São Paulo, milhares de balões brancos foram soltos, simbolizando a paz que se deseja para o povo colombiano..

A tônica da manifestação foi a condenação do Presidente Álvaro Uribe Vélez, por sua política de Terrorismo de Estado contra o povo colombiano, além de sua grave agressão contra um país fronteiriço, o Equador. Na manifestação, as diversas lideranças populares apontaram Uribe como o máximo representante da narco-política e do fascismo no continente latino-americano.
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Em Brasília, realizou-se um ato na Câmara Legislativa do Distrito Federal, que contou com a presença de inúmeras personalidades, políticos, representantes de movimentos sociais e populares. A dura condenação ao regime narco-para-fascista de Uribe, além do apoio à luta do povo colombiano, que já dura mais de 40 anos, foi marcante no evento realizado.
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No Rio de Janeiro, contamos com várias atividades, desde debates no Sindicato dos Petroleiros, com a participação de diversas entidades, até uma coletiva na Associação Brasileira de Imprensa e um ato público.
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Em Curitiba, atividade previamente agendada na Assembléia Legislativa, relacionada ao querido companheiro Fidel Castro, teve acrescentada a temática do conflito colombiano, passando a fazer parte das atividades da Jornada Mundial. O evento também contou com a participação e mobilização de entidades de trabalhadores, estudantes, partidos políticos e diversos outros movimentos de solidariedade latino-americanos e movimentos sociais.

Em Maceió, foram organizadas atividades públicas na Universidade Federal e na Casa Cultura "Antonio Lisboa de Moraes", contando com grande representatividade popular e adesão de populares.

Inúmeras outras atividades, atos e eventos marcaram esse dia, com a participação de milhares de lideranças representativas das mais variadas entidades e organizações, também em inúmeras outras cidades Brasil afora.

As diversas manifestações de apoio à luta do povo colombiano, contra o Terrorismo de Estado de Álvaro Uribe e pela paz na Colômbia, contaram com a participação e o apoio de tantas entidades que sequer seria possível citar a todas.

No entanto, destacamos a participação, mobilização e apoio do PCB (Partido Comunista Brasileiro), PC do B (Partido Comunista do Brasil), UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Pela Paz), Casa da América Latina, UJC (União da Juventude Comunista), UJS (União da Juventude Socialista), CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), amplos setores do PT (Partido dos Trabalhadores), setores da Intersindical, Unidade Classista, CasLa (Casa Latino-americana), Unidade Classista, setores do PMDB-PR, setores do PSOL (Partido do Socialismo e Liberdade), PCML (Partido Comunista Marxista Leninista), PCR (Partido Comunista Revolucionário), setores da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Casa Cultura Antonio Lisboa de Morais, dentre inúmeras outras, além da própria ANNCOL – Brasil.

Destaca-se que, além de reunir milhares de lideranças políticas, artísticas, populares e intelectuais, a Jornada, no Brasil, reuniu entidades e organizações que representam mais de 100 milhões de brasileiros e residentes no Brasil, dando a real dimensão do protesto e da solidariedade do povo brasileiro para com a paz na Colômbia.

E em todos os lugares, em todos os cantos, em todos os gritos e em todas as palavras de ordem, o que se ouvia era o mesmo:

"Nós gritamos pela vida, eles comemoram a morte.

Nós pedimos por paz, eles fazem a guerra.

É por isso que marchamos.

É por isso que lutamos.

É por isso que a Colômbia e o mundo se mobilizam.

Pelo fim do Terrorismo de Estado!

Pelo fim do regime narco-paramilitar-fascista de Uribe!

Chega de massacres!

Chega de Guerra!

Pelo Intercâmbio Humanitário!

Pela paz!"
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* Os números fazem referência ao total de cidadão brasileiros representados pelas entidades envolvidas nas manifestações, desde as entidades estudantis, até sindicatos e entidades dos movimentos sociais.


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Colômbia: Manifestações na Europa e Ásia contra a violência das FARC

Madrid, 05 Fev [2008] (Lusa) - Cidades como Madrid, Paris, Londres, Genebra, Berlim ou Tóquio foram segunda-feira palco de manifestações convocadas na Internet contra a violência na Colômbia, ainda que as maiores críticas tenham ido para os sequestros perpetrados pela guerrilha das FARC.

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Convocadas sob o lema "Um milhão de votos contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)", as manifestações decorreram em mais de 130 cidades de todo o mundo ampliando as suas palavras de ordem contra qualquer tipo de violência e os sequestros de qualquer grupo.

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Os milhares de pessoas que nesta iniciativa inédita se manifestaram na Europa e Ásia uniram-se assim às centenas de milhar de colombianos que paralisaram as avenidas das principais cidades do seu país, e aos milhares mais de outras cidades latino-americanas para protestar contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e os seus sequestros.

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Em Espanha, onde vivem mais de 250 mil colombianos, segundo dados oficiais, centenas de pessoas concentraram-se no centro de Madrid e em cidades como Logrono, Oviedo, Palma de Maiorca ou Bilbau para rejeitar a violência e os sequestros das FARC.

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Os manifestantes exibiam cartazes com palavras de ordem como "Queremos a Colômbia viva, livre e em paz" ou "Não mais violência. Não mais sequestros", ou "Sim à liberdade, sim à vida, Colômbia sem FARC".

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Também em Londres mais de 500 pessoas, a maioria delas colombiana, manifestaram-se na Praça de Trafalgar entre gritos de "Queremos a liberdade dos sequestrados" e "Fora FARC terroristas".

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Os participantes traziam cravos brancos como símbolo da paz e cartazes em inglês com o objectivo de consciencializar a opinião pública britânica sobre os sequestros perpetrados pela guerrilha.

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A manifestação terminou na rua do Parlamento, onde os participantes entoaram o hino colombiano.

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Em Paris, centenas de colombianos e venezuelanos pediram o fim das FARC e manifestaram-se para sensibilizar a opinião pública francesa de que na Colômbia "há mais que um refém " dessa guerrilha, numa alusão à franco-colombiana Ingrid Betancourt, cuja libertação é assunto prioritário para o Governo francês.

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David Velilla, um dos promotores da manifestação salientou: "Ninguém quer as FARC, queremos consciencializar os franceses de que na Colombia há mais que um refém, há mais de 800, todo o país é vítima da guerrilha".

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"Colômbia e Venezuela pela paz e pela vida", gritaram os manifestantes fazendo uma encenação da vida dos sequestrados na selva.

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Em Genebra, mais de uma centena de colombianos concentraram-se no Palácio das Nações Unidas para fazer um apelo a favor da "liberdade e da paz" e "contra as FARC, porque são o principal autor violento da Colômbia", disse a coordenadora do grupo, Sayuri Tivaduisa.

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Os participantes na marcha ostentavam cartazes em que se lia: "FARC=assassínios, narcotráfico, sequestros", ou "Viva Colômbia em paz".

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Em Berlim, uma centena de pessoas, entre elas alguns alemães, foram desde a emblemática Gedächtniskirche, uma igreja destruída durante a II Guerra Mundial e situada no centro da cidade, até à Embaixada da Colômbia.

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Nos cartazes, os manifestantes exortavam em alemão, inglês e em espanhol frases como "Não mais sequestros, não mais mentiras, não mais assassínios, não mais FARC".

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Manifestações semelhantes ocorreram noutras cidades alemãs como Munique, Frankfurt, Hamburgo, Dusseldorf e Estugarda, segundo os organizadores.

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Em Bruxelas, cerca de 120 pessoas, na sua maioria cidadãos colombianos, concentraram-se na entrada da Bolsa de Bruxelas com bandeiras e cartazes com palavras de ordem a reclamar "Não mais sequestros" ou "Não às FARC".

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Em Tóquio, cerca de 60 pessoas da comunidade colombiana desafiaram a neve na capital nipónica para percorrer o centro da cidade "num sinal de rejeição da violência, do sequestro, do terrorismo, das mentiras" que durante quatro décadas as FARC infligiram aos colombianos.

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Em Pequim, uma centena de colombianos depositou em frente da sede da embaixada do seu país flores junto a uma bandeira nacional em sinal de apoio às vítimas da guerrilha marxista, exigindo a libertação dos reféns e o fim dos sequestros.

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Enquanto isto, na Colômbia, 600 guerrilheiros das FARC presos e arrependidos participaram também na jornada de protesto contra a guerrilha, informaram fontes prisionais em Bogotá.

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Alguns dos familiares dos reféns não participaram nas manifestações de segunda-feira e admitiram o seu receio de que as FARC endureçam agora a sua posição e exigências confrontados com a pressão das manifestações.

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© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-02-05 00:20:01

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