quarta-feira, 9 de abril de 2008

Ciganos - Estudos e Discriminação

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Carlos Jorge Sousa

No lançamento dos livros: Que Sorte, Ciganos na Nossa Escola, colectivo e Minoria e Escolarização: o Rumo Cigano de Jean-Pierre Liégeois


Os dois livros que aqui apresento integram a já longa lista de livros da colecção Interface. São duas publicações que nos convocam para uma melhor compreensão da etnicidade cigana. É em tomo da escolarização de uma minoria étnica que as diferentes narrativas se desenvolvem. Mas são igualmente feitos de história, experiências, e projectos que se alicerçam no desejo de construir, erguer no presente um futuro diferente. Quando procuramos saber o que habita no interior de Que Sorte, - Ciganos na Nossa Escola
descobrimos, entre muitos outros, documentos de estudo e reflexão acerca da "Memória histórica, presente e futuro do Povo Cigano", deparamo-nos com "Um Olhar Cúmplice" acerca da escolarização das crianças ciganas, com a necessidade d "A Formação de Professores para a Diversidade ". Igualmente de experiências, projectos, mediação, formação profissional, associativismo, arte, música, de vidas com e sem rumo, é feito este livro. E porque é necessário " Dar a vez e a voz ", aqui tem de ser evocado um relato de uma história de vida. Diz quem escreveu sobre Calói que se trata de "um estudo de caso "...

Calói é uma criança com 12 anos, olhos castanhos-escuros, cabelo preto um pouco desgrenhado e com um tom de pele tão escuro que um dia uma senhora lhe perguntou se era indiano.

Calói não é um caso, é um exemplo de muitos casos que se podem encontrar, numa das muitas barracas existentes de Norte a Sul de Portugal. Pode estar na Feira Velha em Moura, numa das inúmeras barracas existentes no Conselho de Reguengos de Monsaraz, já não está em Vila Verde, pode ser encontrado em Olival no Conselho de Vila Nova de Gaia. Calói vive em Lisboa numa barraca. Vive com os pais e mais três irmãos. Calói, as duas irmãs de três e quatro anos e o irmão com dez anos dormem no chão da única divisão que a barraca possui, para além da cozinha. Não têm água canalizada nem luz eléctrica. Calói não toma banho frequentemente, lava a cara e penteia o cabelo com a água que vai buscar a uma conduta pública. Calói vive a 2,5 km da escola, não tem por isso direito a passe social. Às vezes a mãe não tem comida para lhe dar: não almoça, não lancha, não janta. Não participou numa visita de estudo porque não tinha dinheiro para as senhas de transporte. Foi um dia castigado pelo que não fez e é gozado pelos colegas. Calói é cigano. Mas Calói tem um sonho, deseja um dia poder ter um quarto só para ele e "tirar a carta". É necessário debelarmos os males que tanto afligem e prejudicam Calói. Assim os seus sonhos agigantar-se-ão.

A minha história de vida, nomeadamente da minha infância, é diferente da de Calói, mas particularismos existem, numa e noutra, que não as tornam globalmente dissemelhantes. A escola modificou a minha vida, não apagou as minhas memórias e tornou plural o meu sentido de pertença. Os meus sonhos, por causa da escola onde entrei e de onde nunca mais saí, não pararam de se realizar: um sonho precede outro, de forma incessante. Quando tomamos conhecimento, através da leitura das páginas deste livro, de muitas das acções realizadas, de imediato constatamos que algumas das acções aqui narradas se desenvolveram num registo de improvisação pedagógica. A improvisação pedagógica é muitas vezes um elemento de bloqueio e de fracasso que consequentemente dá origem ao desencorajamento. Muitos professores que procuram a inovação, que desenvolvem práticas pedagógicas no sentido de adaptar a escola às crianças que acolhem, sentem-se muitas vezes sem apoio institucional, isolados uns dos outros e marginalizados pelos restantes colegas. A acção e a situação destes professores, em muitos contextos escolares, não são fáceis. A imprevisão pedagógica emerge, em muitos casos, nestes contextos e pelas razões supra-mencionadas. Raras vezes estes professores recebem informação e formação de qualidade, responsável e reflexiva, que são fundamentais tendo em conta as condições globais em que ensinam e as qualidades, pedagógicas e não só, que um ensino adaptado e respeitador exige.

É, por tudo isto, que Que Sorte, Ciganos na Nossa Escola parece provocação, como diz o Dr. Miguel Ponces de Carvalho numa das primeiras páginas deste livro. Sinceramente não acho que pareça uma provocação, é uma provocação! É uma excelente provocação. Porque este livro permite confrontar experiências, faz apelos questionadores das nossas práticas pedagógicas, dá a conhecer igualmente boas práticas e exige que se crie uma estrutura simples - que não deve ser de especialistas, altamente especializados em especialidades especiais, normalmente segregadoras - uma estrutura dizia, de educação escolar, constituída por professores/pessoas competentes (devidamente formadas e mandatadas) para ajudar, informar e coordenar acções a nível local, regional e nacional. Seria um passo muitíssimo importante, que muito poderia contribuir para a escolarização das crianças ciganas.

E esta é uma das muitas recomendações que é feita no relatório apresentado por Jean- Pierre Liégeois à Comissão Europeia, para além do recrutamento e formação de técnicos auxiliares de acção educativa de etnia cigana, bem como a formação de mediadores ciganos, precisamente no segundo livro que passo a apresentar: Minoria e Escolarização: o Rumo Cigano de Jean-Pierre Liégeois. É um relatório-síntese de um estudo realizado pela Universidade René Descartes de Paris, por solicitação do Parlamento Europeu. "Foi feito de forma intensiva em 1984 e 1985. Através de uma rede coordenada de peritos dos diferentes Estados-Membros, esta investigação conduziu à síntese de trabalhos existentes, à consulta de famílias, de organizações ciganas e de professores e à análise de centenas de documentos e de realizações". Infelizmente este estudo não contemplou a realidade portuguesa. O tema é a escolarização das crianças ciganas, e é um estudo importante, actual e inovador. Mas é um estudo importante, actual e inovador porquê? Porque a escolarização das crianças ciganas, através da reflexão que suscita e das práticas pedagógicas a que pode conduzir, poderá fazer emergir um conjunto de saberes que se tomam proveitosos para a escolarização de todos. Neste seu livro Jean- Pierre Liégeois diz que o futuro das comunidades ciganas depende, em grande parte, das modalidades de escolarização utilizadas com estas crianças. É por isso que este livro é simultaneamente uma análise e uma reflexão sobre ideologias, designadamente políticas, e sobre as práticas que as inspiram.

Estou de acordo com Jean- Pierre Liégeois quando diz que, globalmente, a escolarização das crianças ciganas tem sido, até agora, um fracasso.

Na sua maioria as crianças de etnia cigana não completam a escolaridade obrigatória. Diz-nos que a cultura cigana é uma cultura de resistência e que a sua secular capacidade de adaptação remeteu-os para uma tradição de mudança, mudança dentro da tradição. As grandes transformações económicas, políticas e sociais das últimas décadas, designadamente as que se relacionam com os grupos sociais e culturais considerados " desfavorecidos ", "minoritários ", "marginais", entre outros, obrigaram os ciganos a desenvolver novos meios de adaptação. Esta nova realidade obriga as diferentes comunidades ciganas a renovadas adaptações no caso de pretenderem manter uma relativa independência económica e cultural. Para conseguir estes objectivos, diz o autor, muitas comunidades ciganas começam a procurar a escola porque somente a escolarização lhes permite "tirar a carta", como referem. A resistência cultural cigana, também aqui se manifesta.

Para não serem absorvidos pela cultura dominante, a única defesa dos ciganos é utilizarem a escola sem se renderem a ela.

Uma análise critica das condições de escolarização das crianças ciganas facilmente nos remeterá para as seguintes duas considerações, como refere Jean- Pierre Liégeois: primeiro, os ciganos não são um "problema social" nem um "grupo problemático"; em segundo lugar a " questão escolar" é mais um problema de ordem política e económica, do que um problema de escola e de pedagogia, na medida em que o seu peso é relativo quando compreendido numa realidade que é muito complexa. A questão cigana é mais um problema da sociedade do que um problema pedagógico. As políticas foram sempre, no que se refere aos ciganos, políticas de negação das pessoas e da sua cultura. As diferentes políticas podem ser agrupadas, segundo Jean- Pierre Liégeois, em tomo de três grandes categorias: a exclusão, a reclusão e mais recentemente a inclusão. Não se excluindo mutuamente, estas políticas, do ponto de vista histórico, evoluíram da exclusão para a inclusão. Como são caracterizadas estas políticas? Para o Autor as políticas de exclusão das comunidades ciganas caracterizavam-se pela expulsão, proibições diversas e punições. Punições que passavam pela marcação com ferros em brasa, enforcamento etc. A política de exclusão irá transformar-se em políticas de reclusão. Esta política é entendida como a integração, de forma autoritária e geralmente violenta, dos ciganos na sociedade que os rodeia. A falta de braços remete-os para as galés, a resistência dos ciganos às políticas de reclusão tornam lícito disparar sobre eles e privá-los da vida. Mas também esta política se manifestou globalmente ineficaz, surgindo a partir da segunda metade do séc. XX as políticas de inclusão. Independentemente dos eufemismos utilizados, estas políticas caracterizam-se, no fundamental, pela vontade de assimilação dos ciganos, como é demonstrado pelo nosso Autor. As imagens que se construíram acerca dos ciganos tendem a apagar/ignorar todos os aspectos culturais e a fazer emergir os ciganos como um "problema social". As imagens que se constroem e que se cristalizam fazem deles um "problema social", é necessário "reintegrá-los" no resto da sociedade. Manifestam "inadaptações sociais" quando se pretende inclui-los, razão pela qual as políticas de inclusão consideram a necessidade de os inserir no espaço social e esquecer o seu espaço cultural e étnico.

Estas políticas tendem a construir um cigano imagético e não real: o cigano não é definido como ele é, mas sim como é necessário que seja, por motivos de ordem sócio-política.

Para o Estado, diz Jean- Pierre Liégeois, as políticas de inclusão apresentam vantagens face às da reclusão. Baseiam-se no espírito da época, são politicamente correctas, mais eficazes, mais radicais, mais igualitárias e o incluso é recompensado pelo seu alinhamento. A "integração social" é benéfica e compensatória.

Todos acham que conhecem os ciganos, diz Jean- Pierre Liégeois. E de uma forma geral são poucos os que não exprimem de uma forma categórica o seu conhecimento dos ciganos. Existem mesmo, entre nós, "especialistas" que falam sobre as questões ciganas. Mas na realidade o que se tem são ideias que se foram construindo sobre os ciganos a partir do século XV e que se foram rapidamente cristalizando sob a forma de estereótipos. Os ciganos são pouco conhecidos. Na realidade o que se manifesta mais em relação a eles é um certo romantismo ou alarmismo, e o pior é que na maior parte das vezes a realidade é largamente ultrapassada pelo imaginário. A assimilação ou a rejeição constroem argumentos para os seus discursos e justificações para os seus actos. As atitudes menos negativas para com os ciganos expressaram-se e expressam-se pela simpatia romântica ligada ao folclore, ou uma certa curiosidade intelectual mesclada de compaixão, mas logo que a oportunidade surge são de imediato reactivados os aspectos mais negativos das imagens que se criaram dos ciganos. O cigano imaginado, as imagens manipuladas são representações que nos remetem para a necessidade de questionar a nossa relação com as comunidades ciganas. Foi no âmbito das políticas multiculturais de assimilação que se desenvolveu a noção de "dificuldades de adaptação" aos contextos sociais e culturais, se construiu a ideia de aluno "instável, "atrasado", "inadaptado". Rótulos que têm regras processuais de funcionamento que são estigmatizantes para as crianças ciganas. Estas teorias, sendo efémeras e já contraditadas, persistem em existir, como refere o nosso Autor. A integração é um mal necessário, defendem alguns. Jean É uma concepção etnocêntrica que se desenvolve segundo o seu próprio ponto de vista, num espírito contrário ao que postula a educação intercultural. E esta postula que o pluralismo cultural só se transforma em interculturalidade se as trocas forem igualitárias. Para a criança cigana os significantes utilizados na escola não remetem para nenhum significado.

A criança está habituada a manipular realidades concretas e simbólicas que não correspondem às da escola, não está preparada para ter sucesso numa escola que não se adapta a ela, que valoriza registos diferentes dos seus.

Os conteúdos de ensino e possivelmente as formas de o apresentar não são adequados porque não emergem de uma pedagogia "centrada sobre aquele que aprende". Jean- Pierre Liégeois escreve: uma criança não pode levar duas experiências sociais e culturais paralelas, saltando de uma para a outra cada vez que passa a porta da escola. Numa concepção intercultural da escola são as características da criança que devem servir de base as opções pedagógicas e não um obstáculo, como acontece quando são desvalorizadas. Sendo assim, aceitar a criança cigana na escola significa ter em conta o que se passa fora da escola, nos diferentes domínios económicos, educativos, habitacionais, entre outros, em que a criança vive. A cultura cigana quando se expressa na escola aparece quase sempre como um "anexo" e de uma forma geral manifesta-se através do folclore. Uma escola intercultural deve mostrar-se flexível na sua estrutura e funcionamento de forma a permitir que culturas diferentes se exprimam de formas diferentes.

A educação intercultural continua a ser um projecto. Um projecto que se deve consubstanciar numa "pratica social vivida". A interculturalidade não pode visar uma hibridação intelectual dos alunos, através da manipulação pedagógica, mas antes o seu enriquecimento e a compreensão mútua por meio de aprendizagens baseadas nos antecedentes culturais da cada um deles, diz Jean- Pierre Liégeois. A manipulação folclórica é muitas vezes feita sob a capa de uma interculturalidade mal compreendida, de elementos culturais próximos dos estereótipos: dança, musica, culinária não podem ser separados da compreensão dos respectivos contextos. Não necessitamos de falar de pedagogia intercultural para valorizar tudo o que vai no sentido da aceitação do outro. O papel da escola é esse, deverá ser esse: participar na valorização e na compreensão das diferenças e transformar os antagonismos em diferenças mais bem compreendidas.

A interculturalidade permite que indivíduos diferentes vivam a sua diferença sem, no entanto, ficarem reduzidos a ela.

É uma "ferramenta de negociação". A pedagogia da interculturalidade edifica-se quando os objectivos são as aprendizagens de base úteis para a criança, para uma adaptação activa ao seu meio, que lhe permita fazer parte dele e ser sujeito da sua existência. A educação intercultural constrói e implica uma atitude simultaneamente receptiva e criativa de toda a comunidade escolar. Neste livro está claro que os desafios que a interculturalidade nos coloca nada têm a ver com a formação de professores "especialistas" em cultura cigana ou de outra qualquer. Os professores devem ser formados para o acolhimento da diversidade através da flexibilização dos conteúdos, sem ideias preconcebidas sobre as crianças. A sua formação deverá ser concebida de forma a não ser, ou ser o menos possível, um agente de aculturação.

A formação inicial e contínua de professores merecem de Jean- Pierre Liégeois o seguinte comentário: é necessário ter cuidado com as práticas aqui desenvolvidas. Normalmente as instituições do ensino superior, por razões diversas e complexas, desenvolvem políticas formativas que padecem de alguma ambiguidade, ambiguidade esta que acaba por remeter os formandos para menus formativos em que se aprende a "domesticação em conformidade". Sobre o papel dos investigadores Jean- Pierre Liégeois refere a sua extrema importância para a edificação de um novo olhar sobre as comunidades ciganas. Deveremos, no entanto, também aqui estar atentos, como diz o Autor, e assumir uma atitude reflexiva e critica no sentido de denunciar estudos que, partindo de textos africanistas e/ ou americanistas, fazem generalizações abusivas, perigosas e falsas sobre as comunidades ciganas. É importante referir, diz Jean- Pierre Liégeois, que a posição do investigador no domínio cigano não é fácil. Este livro é uma fonte de conhecimentos, uma memória de factos, um excepcional documento de referência. Faz recomendações, apelos à necessidade de concertação, de mediação, de coordenação, de flexibilidade, de estudo, de reflexão e avaliação.



Informação actualizada a 9 de Abril de 0100
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Cheguei aqui através deste blog, tão elucidativo como a maioria dos comentafores, dum povo, o português, que é «apresentado oficialmente» como ... tolerante, não racista nem xenófobo. Naturalmente que não subscrevo os comentários racistas e xenófobos, que são aqui reproduzidos pelo seu interesse sociológico.
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Um Post do máquina zero e os 32 comentários
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Leitora amiga deixou um comentário neste blogue que não resisto a trazer para este espaço mais nobre. É sobre um reportagem da SIC, que foi ver o que era feito de uma família de ciganos que tinha sido tema de reportagem, há uns anos. E diz esta cara leitora:

“Viram a reportagem da SIC…Sobre uma família cigana que já tinham entrevistado há uns 8 anos e agora voltaram a entrevistar para ver se tinham evoluído ou continuavam na mesma, ou pior.. Há 8 anos os miúdos desse acampamento cigano, na altura com idades à volta dos 7 (rapariga) e os rapazes, acho que tinham à volta de 12. Agora, os rapazes já têm à volta de 20 anos, um chegou a fazer a 2ª classe e o outro a 4ª se não me engano (não puderam continuar na escola porque já tinham mais de 15 anos); enquanto a rapariga acabou a 4ª classe mas como mulher cigana não podia continuar a estudar, casando-se aos 13 anos com um homem de 20.

Depois, as crianças de há 8 anos foram casando, etc e tal, o acampamento deles às vezes serve de acolhimento para ciganos que vêm de fora e… o nº de pessoas a viver naquele acampamento já triplicou. Triplicou e..ninguém trabalha. Uns tiraram cursos porque foram obrigados pela câmara, estão inscritos no centro de emprego mas nng os chama, as mulheres mal sabem escrever, assim como os homens..enfim, é complicado.

De qualquer forma, a parte final da entrevista mostrou bem a filosofia de vida daquela gente: os homens não trabalham, as mulheres fazem de domésticas, passam todos o dia a jogar às cartas e a fumar…e vivem do dinheiro do Estado. Um deles recebia 740€ (!!!) por mês para sustentar tb a mulher e os 4 filhos. Dizia que não queria trabalhar porque em qq emprego receberia menos que 740€…e que gosta daquele estilo de vida (aquilo que nós conhecemos por não fazer a ponta dum corno) e portanto nem está interessado em arranjar emprego.

Conclusão da reportagem: a família só deixou de viver em barracas de madeira para viver em barracas de tijolos, continuam a viver às custas do Estado e…a reclamar por caixotes do lixo ao Sr presidente da câmara que dizem não ter cumprido as suas promessas… A minha conclusão: Se és cigano pede ao Estado, se és branco pede à banca.

Claro que a culpa de tudo isto é da sociedade! E até há quem tenha opinião completamente diferente, como o autor do livro “Que sorte, Ciganos na nossa escola!“, cuja capa ilustra este post. É o que se chama uma obra de ficção…

Esta entrada foi publicada em Novembro 27, 2006 às 1:44 am.

33 Respostas para “Reportagem da SIC sobre uma família de ciganos”

Antonio Marcelo Diz:
  1. Os ciganos, venham donde vierem, da Roménia da Espanha ou de Portugal não têm nacionalidade. São simplesmente parasitas anti-sociais. Nenhum governo, nenhum regime, conseguiu integrá-los. Durante quarenta anos nos países comunistas os adultos foram obrigados a trabalhar e as crianças a assistir às escolas. Se não obedeciam iam para um campo de concentração. Não conseguiram nada. Uma vez acabados aqueles regimes voltaram à sua antiga vida: mendicidade, vadiagem e latrocínios.

    Qualquer procedimento para integrá-los fracassou, mesmo o sistema utilizado secretamente na Suíça de separar os filhos dos pais e educá-los em outras famílias ou em Estabelecimentos estatais. A maioria deles quando atingiam a idade adulta pesquisavam as suas raízes e voltavam para elas. Os únicos em ser integrados foram aqueles que cruzaram com não-ciganos e depois de três gerações de afastamento.

  2. Vera Diz:

    Nem é por mal..mas se observarmos o comportamento dos grupos ciganos vemos que são comunidades totalmente diferentes…Ainda mais diferentes que os negros, porque esses ainda foram colonizados por nós, sempre estão mais habituados..Agora os ciganos são indomáveis! E ainda têm a lata de dizer na tv que gostam é de passar os dias a jogar às cartas e a fumar enquanto vivem dos subsídios do Estado..que nem gostavam de estar a trabalhar… E o pessoal todo manso…Isto devia revoltar qualquer português que paga impostos e aperta o cinto…mas parece que não…

  3. Carolina Diz:

    Não vi a reportagem, mas houve quem me contasse. “…Um deles recebia 740€ (!!!) por mês para sustentar tb a mulher e os 4 filhos. Dizia que não queria trabalhar porque em qq emprego receberia menos que 740€…e que gosta daquele estilo de vida (aquilo que nós conhecemos por não fazer a ponta dum corno) e portanto nem está interessado em arranjar emprego…”. Nada contra a etnia cigana, mas esta família não está e não quer estar integrada, em Portugal.
    Este é daqueles casos em que o Estado devia actuar/averiguar de imediato. Mais nada.

  4. Pêlo Emriste Diz:

    E para quando o livro: «Que sorte! Carecas na nossa escola!!!»

    Entre os ciganos que não fazem nada e os militares que chupam do orçamento dse estado não consigo notar nenhuma diferença.. Excepto que quando os armazéns dos quartéis são esvaziados de vitualhas são os jipes do exército que vão carregadinhos de comida.

    Os ciganos são ladrões.. Mas os sargentos são ladrões com AUTORIDADE!

  5. Vera Diz:

    “Este é daqueles casos em que o Estado devia actuar/averiguar de imediato. Mais nada. ”

    Os Estado está a actuar há mais de 8 anos…a dar-lhes todos os subsídios e apoios, assistentes sociais..até já compraram carros e mudaram para outras casas..parto do princípio que se não trabalham foi através do dinheiro do Estado que conseguiram isso… E no fim? Ainda reclamam porque o Sr presidente da câmara não põe caixotes do lixo lá perto (e assim não cumpre com as susas promessas)…enfim.. O Estado actua mas é só para se afogar ainda mais.

  6. Vera Diz:

    “Entre os ciganos que não fazem nada e os militares que chupam do orçamento dse estado não consigo notar nenhuma diferença.. ”

    Exacto..assim ajudamos os ciganos e depois vão eles para Timor e para a Bósnia trabalhar por nós.

  7. social-patriota Diz:

    “Se és cigano pede ao Estado,se és branco pede à banca”
    Frase lapidar, é tão bom ver como os nossos impostos são tão bem gastos com as familias portuguesas de raíz.

  8. Vera Diz:

    Aqueles não são portugueses nem com raíz nem sem raíz…

  9. Carolina Diz:

    “Os Estado está a actuar há mais de 8 anos…a dar-lhes todos os subsídios e apoios, assistentes sociais..até já compraram carros e mudaram para outras casas..parto do princípio que se não trabalham foi através do dinheiro do Estado que conseguiram isso… E no fim? Ainda reclamam porque o Sr presidente da câmara não põe caixotes do lixo lá perto (e assim não cumpre com as susas promessas)…enfim.. O Estado actua mas é só para se afogar ainda mais”, refere–se a cara Vera ao meu comentário nr.º 3, mais concretamente à minha última frase: “… Este é daqueles casos em que o Estado devia actuar/averiguar de imediato. Mais nada”. Conheço a história desta família cigana através da promeira reportagem da SIC. Sobre a que foi feita recentemente, contaram-me. Quando digo que o Estado deve actuar/averiguar este caso, é precisamente, no sentido de fazer as diligências necessárias. Ou seja, de modo a clarificar todos os cidadãos, a razão pela qual a família em causa está a receber esses subsídios dos cofres do Estado. Dinheiro de todos os contribuintes. Temos o direito de saber, e o primeiro-ministro ou o ministro da pasta em causa, já devia ter dado uma explicação ao País. Sobre este, é isto que interessa saber.

  10. Carolina Diz:

    Correcção ao meu comentário nr.º 9: “… através da primeira…” e no final “…sobre este assunto…”.

  11. arqueofuturista Diz:

    Caro MZ, no ano passado algumas pessoas foram responder a tribunal por, entre outras acusações, terem difundido autocolantes com uma mensagem semelhante a essa que aqui escreveu sobre os ciganos, sendo que a dos autocolantes rezava assim: Se és preto o Estado dá-te, se és branco pede ao banco!

    Obviamente escrevo isto não para o amedrontar, mas apenas porque me fez recordar mais um, entre tantos, episódio nojento e aviltante dos anais da Justiça portuguesa.

    Ah, já agora devo dizer que houve pessoas condenadas a mais 2 anos de prisão, transformados em 3 anos de pena suspensa, por esse tremendo crime!!!

  12. Vera Diz:

    Pois é arqueofuturista, foi daí que troquei o preto por cigano.. Estamos num blog, é menos explícito do que no vidro traseiro do automóvel, de qualquer maneira…irei sempre dizer na rua o que aqui digo..Não defendo nenhum genocídio, nenhuma matança, nenhum ataque à paulada… É estranho prenderem uma pessoa assim quase que à toa..ainda para mais eu tenho uma “safa”..mas qd a deixar de a ter n vou ficar “amedrontada”. Crime é uma pessoa não poder expressar um ponto de vista político diferente..que não agride nng.

  13. Máquina Zero Diz:

    Havia de ser um julgamento interessante… A primeira testemunha que se me ocorre indicar seria o Daniel Oliveira. Depois de o ouvir, de certeza que o colectivo de juízes me mandava em paz… E até já sei que documentos solicitava, em primeiro lugar, para juntar aos autos: a lista detalhada dos indivíduos que recebem o Rendimento Social de Inserção ficava à cabeça…

  14. Areg Diz:

    alguem me explica o que esta a fazer uma criança loira na pagina http://www.multiculturas.com/cjs-2_livros.htm
    os ciganos agora sao loiros e de aspecto europeu??? :O

  15. Vera Diz:

    Algumas das crianças da reportagem eram loiras… Uma até era loira de olhos muito azuis, apesar de ter feições ciganas.

  16. Vera Diz:

    MAs isso deve ter a ver com consequências das persiguições que sofreram quando chegaram`ao Ocidente. Naquele tempo as população local consideravam os ciganos como sendo algo maligno, por terem uma cor mais escura, pela prática de quiromancia e aquelas previsões do futuro. Como é óbvio, o cristianismo não reagiu bem a estas coisas e através da inquisição perseguiu-os e impos-lhes várias restrições. Uma delas era não poderem casar com pessoas da sua etnia (devia ser numa tentativa de diluição da raça)…daí hoje alguns terem características menos acentuadas, com traços (neste caso cores) mais ocidentais.

  17. Areg Diz:

    hmm interessante
    maldita misturas

    e como houve misturas e muitos ciganos ficaram com sangue e traços mais ocidentais, o mesmo caiu para o nosso lado, muitos devem ter-se mantido e ficado no nosso lado e espalharam os seus genes na populaçao portuguesa

  18. Pato Suicida Diz:

    De uma coisa estou certo, quem defende ou assume posição neutra com os ciganos nunca teve demasiado contacto com eles. O máximo contacto que uma pessoa que não se assume anti-cigano não teve o contacto suficiente com eles.

    Não pretendo uma discussão, mas que sei do que falo, isso sei.

  19. patriota Diz:

    fico envergonhado ao ver tanta ignorancia tanta falta de cultura os individous k escrevem este tipo de comentarios são uns frustrados sociais eu diria k são os parasitas dos “brancos” !!! haja paciencia!

  20. dr.paulo Diz:

    TOU ABISMADO COM OS COMENTARIOS AQUI FEITOS,..MAS ENFIM…VOÇES DEVEM TER NASCIDO POR ENGANO..OLHEM MAIS A VOSSA VOLTA E VEJAM OS TUBARÓES BRANCOS QUE ANDAM POR AI..OK….???

  21. SOUSA Diz:

    RACISTAS.ING..CEGOS..

  22. maquinazero Diz:

    Ó meus caros Sousa, dr.paulo e patriota: bem vindos! É sempre um prazer saber que, neste País, há pessoas como você, que não admitem que outros pensem de maneira diferente! Insignes democratas!

  23. Gonçalo Diz:

    porque e que as pessoas detestam tanto os ciganos?????? Eu nao conheco nenhum mas adoraria conhecer porque tambem a colegas meus que conhecem e dizem que eles sao altamentes…

  24. Gonçalo Diz:

    essas mensagens ke ue vejo a falar mal dos ciganos esses gajos sao os …………………..

  25. Gonçalo Diz:

    espero bem ke os ciganos algum dia sejam superiores a nos

  26. piloto Diz:

    Eu ñ tenho nada contra os ciganos até tenho amigos ciganos e são porreiros um pouco mafiosos mas bom é da sua natureza, antes os ciganos que os pretos e brazucas ,raça escumungada,que só se sabem aproveitar de PORTUGAL como rampa de lançamento para a Europa ,os ciganos ja ca estam a seculos.

  27. Vera Diz:

    Gonçalo, tens algum complexo com a posição de cima?
    Eu já contactei com ciganos..e não é nada agradável. Quanto mais conheço tal etnia mais distância prefiro manter.

  28. Vera Diz:

    Ah, e Gonçalo, os teus colegas dizem que é tudo altamente enquanto o prejuízo não é para o lado deles. Não sei se será ingenuidade ou ignorância por nunca teres contactado com eles…

  29. piloto Diz:

    Ñ são má gente mas é preciso ter olho no burro e no cigano, como diz o ditado, são um pouco mafiosos VERA, mas ja os atura-mos a seculos na europa e Portugal.

  30. NÃO É COM OS CIGANOS QUE TEMOS QUE NOS PREOCUPAR Diz:

    AFINAL, ELES SÃO MINORIA QUE PODE SER FACILMENTE DEPORTADA.

    A QUESTÃO CRUCIAL SÃO OUTRAS ETNIAS MUITO MAIORES QUE ESTÃO A INVADIR NOSSO SACRO ESPAÇO VITAL DE NOSSA SACRA ETNIA NACIONAL E ÚNICA!!!

  31. Ciganos portugueses sem acesso à escola « Máquina Zero Diz:

    [...] só com a 4ª classe, não se pode ser funcionário público, nem gestor de empresas! Lembram-se da reportagem dos Perdidos & Achados, na SIC, sobre o clã Monteiro, de [...]

  32. Inês Diz:

    vocês são uma cambada de ignorantes xenófobos,
    falam mal de pretos e brazucas, se os paises deles está uma merda, foi porque tiveram o azar de serem colonizados por merdas como vocês!!!
    Cambada de racistas da merda, é por vossa causa k os outros povos da Europa axam k Portugal é um pais do terceiro mundo!

  33. Arimotokika Diz:

    Cá nós tbm temos tido muitos problemas com Ciganos. Uma família que é conhecida desde os anos de 1800 e poucos, vive as custas da boa fé pública e falcatruas, de leitura da sorte e estelionatos, indo até a assassinatos.
    Os Yanovich, Petrovitch, Marcovih e outros vich mais, casam-se entre si e são protagonistas de vários crimes. Esta semana tivemos mais um destes crimes, onde praticaram estelionato contra uma consul de Portugal no Brasil, tirando-lhes R$400.000,00, sem falar nos assassinatos de 5 jovens em Teresópolis e 1 de uma menina de 9 anos em Quatro Barras Paraná. Estes, são apenas uns de tantos outros praticados por eles. Ate a Policia Federal ja esta investigando esta familia.
    Ainda existem campanhas para ajudar essa gente? Eles aqui são tratados como iguais, e vivem do mesmo jeito que viviam a centenas de anos, continuam matando, roubando, extorquindo. Querem é conquistar mais mordomias. São uns desocupados e desosrdeiros…
    Sou contra ajuda-los, se querem ser como nós, trabalhem honestamente. Por que o Governo tem que ajudar uma minoria de desocupados e deixar de lado uma maioria de pobres nativos da terra

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