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Na Europa, o fumo do tabaco é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais, revendo-se que, em 2020, este número ascenda a dois milhões.
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Embora o tabagismo seja considerado, no mundo ocidental, pela Organização Mundial de Saúde, a principal causa de morbilidade e de mortalidade, que poderá ser evitada pela sua cessação, contudo deixar de fumar tem sido" tarefa bem difícil, para o fumador dependente.
A desabituação da nicotina não é fácil e necessita muitas vezes, intervenção e acompanhamento por profissionais de saúde
especializados - médicos, enfermeiros, psicólogos -, assim como terapêutica comportamental e/ou farmacológica.
É considerada que, nos países desenvolvidos:
25 a 30% da totalidade dos cancros relacionam-se com o tabaco; . o tabaco contribui para o desenvolvimento de doenças respiratórias que podem ser graves e mortais, tal como 80% das situações clínicas de, doença pulmonar crónica obstructiva;
o tabaco constitui factor de risco importante de doenças vasculares arteriais: coronárias, cerebrais da circulação periférica. É referido que 20% da mortalidade, por doença coronária, deve-se ao tabaco.
Devido ao tabaco nascem bebés de baixo peso (filhos de mães fumadoras); morrem todos os anos cerca de três milhões e 500 mil pessoas.
Na Europa, o fumo do tabaco é responsável por um milhão e 200 mil mortes anuais, prevendo-se que, em 2020, este número ascenda a dois milhões.
Em Portugal, calcula-se que 20 a 26% da população fuma e se, entre 1970 e 1995, o consumo do tabaco aumentou mais de 150%, tendo sido o país da União Europeia, onde mais se tinha elevado a percentagem de fumadores, o Presidente do Conselho de Prevenção do Tabagismo, o Professor Paes Clemente, em intervenção recente (Janeiro de 2002) referiu que a venda do tabaco, pela primeira vez, baixou em Portugal.
No debate sobre a "Luta Antitabágica", Paes Clemente não deixa de considerar que, a nível nacional o tabagismo continua a constituir importante "problema" de Saúde Pública, como é referido no Tempo de Medicina, em Maio de 2002. Por outro lado, em entrevista concedida ao mesmo jornal, a ora Isabel Machado, refere, que a prevalência de fumadores, entre os médicos é superior à da população em geral. É ainda citado, no Tempo de Medicina, que o Presidente do Conselho de "Prevenção Contra o Tabagismo" afirmou que "as referências feitas à nicotina nas embalagens do tabaco são completamente falsas, porque além da nicotina, há aditivos nos cigarros que potenciam este alcalóide".
A luta antitabágica, em Portugal, embora relativamente recente, assim como as Consultas de Desabituação Tabágica devem ser aconselhadas como medida preventiva para deixar de fumar.
Outras acções preventivas devem consistir na política de impostos sobre o tabaco, no aumento do seu preço e nas proibições: da venda a menores; da sua publicidade; de fumar em locais públicos (unidades de saúde, escolas, recintos fechados, etc).
Considera-se que os profissionais de saúde devem dar o exemplo deixando de fumar sobretudo no local de trabalho.
Além da Consulta de Desabituação Tabágica, há que implementar mais acções de informação e de educação da população em geral, alertando-se para o perigo do tabaco, através de conferências, de recomendações escritas em brochuras, em folhetos, em artigos, quer nos jornais públicos diários, quer nos ligados à Saúde, assim como em anúncios na televisão e na rádio.
Além das crianças fumadoras passivas, sabe que há crianças que começam a fumar aos 10 ou 11 anos de idade. Mesmo sem fumarem, todos aqueles, que estão sujeitos ao fumo do tabaco, podem ter níveis elevados de cotidina no sangue (principal metabolito da nicotina que pode ser doseado).
A nicotina fixa-se na saliva, no plasma sanguíneo, na urina e no cabelo. Com a lavagem do cabelo a nicotina é arrastada, razão porque só se pode com segurança conhecer os seus níveis através do doseamento da cotidina em análises da saliva, do plasma, ou da urina. Não é preciso "engolir o fumo", basta que o fumo do cigarro entre em contacto com a saliva para se difundir rapidamente em circulação. O fumo do tabaco para os fumadores passivos, deve ser considerado como factor de risco ambiental para a saúde.
Para os pais deve ser dirigida uma mensagem especial, tal como a que se segue:
não permitam, que se fume, em suas casas;
não fumem (se os pais forem fumadores) em presença dos seus filhos, qualquer que seja o local, onde se encontrem;
não permitam, que as crianças mexam em objectos associados com o tabaco, como isqueiros, cinzeiros, caixas de tabaco, bolsas para tabaco;
avisem os seus filhos sobre os malefícios do tabaco.
NÃO ESQUEÇAM ESTA MENSAGEM. CUMPRAM-NA, ANTES QUE SEJA DEMASIADO TARDE!
Fundação Portuguesa de Caediologia
ver tambémVídeo 3
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