O Batman venceu o Superman neste combate. É a partir de hoje o super-herói de banda desenhada mais valioso. Tudo porque bateu o homem do planeta Krypton na escala das edições mais caras à venda no mercado dos comics. Nos Estados Unidos, o número 27 da edição Detective Comics (1939), onde o homem morcego aparece pela primeira vez, foi comprado por 1.075.500 dólares (796.566 euros), batendo um exemplar do “número um” do Super-Homem vendido no início da semana por 735.500 euros. Estes números podem ser impressionantes em tempo de crise económica, mas para alguns coleccionadores são o preço justo para ter a edição mais rara, mais bem preservada, e a que pode ser um investimento rentável.
Exemplar da edição vendida por 796.566 euros (DR)
Em Junho de 1938, era publicado o primeiro exemplar de banda desenhada com o Super-Homem. Custava 10 cêntimos de dólar, qualquer coisa como sete cêntimos agora em euros. Setenta e dois anos depois, e em perfeito estado de conservação, com uma pontuação entre coleccionadores de 8 numa escala de 10, a cópia foi comprada por um anónimo, também nos Estados Unidos, por um milhão de dólares (735.500 euros).
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Cerca de um ano depois da publicação do primeiro número com o Super-Homem, em Maio de 1939, a National Publications, depois DC Comics, apresentava Batman, o “melhor detective do mundo”, mais um super-herói para combater os “maus”. Ontem, um exemplar dessa edição bateu todos os recordes e ultrapassou, num leilão organizado pela Heritage Auction Galleries, com sede em Dalas, um valor de venda superior a um milhão de dólares.
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Quem não segue o mercado dos “comics” pode considerar estes valores surpreendentes e exorbitantes quando a economia mundial está em crise, mas para os coleccionadores, neste caso de BD, esta é a altura ideal para investir num objecto que poderá atingir valores muito superiores no futuro.
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“Não é por si uma novidade valores que cheguem a um milhão de dólares”, afirma Pedro Moura, crítico de BD. Para este seguidor de banda desenhada, os valores que os exemplares raros têm atingido na última década são o resultado uma “especulação total sobre edições limitadas” que começou na década de 80 e que se estendeu até aos dias de hoje.
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As BD estavam acessíveis em qualquer banca e passaram a ser o único produto à venda em lojas especializadas, onde não só estavam disponíveis edições recentes como de colecção ou raras. Também a forma como se começou a lançar o produto foi organizada já a pensar em edições especiais que pudessem ser encaradas como um investimento pelos compradores, que as venderiam posteriormente por valores superiores.
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“Não me surpreendo [com os valores de venda de edições raras], tendo também em conta que nos últimos cinco anos os super-heróis têm sido retratos em filmes”, suscitando “interesse nas personagens e em todo o ‘merchandising’” que rodeia o filme, bem como nos produtos do passado associados ao super-herói. Surge aqui também o coleccionismo.
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Coleccionismo passa a investimento
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Álvaro Pons, professor universitário espanhol e crítico de banda desenhada, numa análise publicada pelo “El País”, argumenta que actualmente um exemplar número um do Super-Homem “transcende a importância histórica para converter-se num mito palpável para milhares de fãs, tradicionalmente coleccionadores compulsivos que guardam os seus livros como objectos de culto”.
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Para Pons, esta realidade “tem justificado sempre o preço alto [das primeiras edições] – calculado a partir de cuidadosas e medidas escalas baseadas no estado de conservação do ‘comic’”, mas este percurso tem-se alterado e caído no exagero, na medida em que “esse coleccionismo deixou de ser uma simples consequência da paixão pelas bandas desenhadas para se converter num interesse pelos ‘comics’ como objectos”. Surge, assim, na sua opinião, “uma nova figura, um coleccionador que não está interessado na história mas no objecto, que em si mesmo é valioso”.
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Para Shirrel Rhoades, antigo editor e vice-presidente executive da Marvel Comics, os valores recordes atingidos na venda de banda desenhada explicam-se com o actual estado da economia. “Quando o mercado está em baixo, os bens coleccionáveis oferecem uma alternativa em que se pode investir e vir a ter um potencial de crescimento do retorno investido”, explicou em declarações à Reuters.
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Também Vincent Zurzolo, director-geral da ComicConnect.com, site através do qual foi feita esta semana a venda do primeiro exemplar com o Super-Homem, defende que as somas elevadas que uma BD atinge devem-se ao facto de muitos coleccionadores encararem os “comics” como um investimento atractivo em plena crise económica.
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Segundo Zorzolo, existem pessoas dispostas a pagar valores acima do um milhão de dólares por uma edição com mais de 70 anos porque se trata de “um produto que lhes é familiar, com o qual se sentem confortáveis, que pensam vir a ser um bom investimento”
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Cerca de um ano depois da publicação do primeiro número com o Super-Homem, em Maio de 1939, a National Publications, depois DC Comics, apresentava Batman, o “melhor detective do mundo”, mais um super-herói para combater os “maus”. Ontem, um exemplar dessa edição bateu todos os recordes e ultrapassou, num leilão organizado pela Heritage Auction Galleries, com sede em Dalas, um valor de venda superior a um milhão de dólares.
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Quem não segue o mercado dos “comics” pode considerar estes valores surpreendentes e exorbitantes quando a economia mundial está em crise, mas para os coleccionadores, neste caso de BD, esta é a altura ideal para investir num objecto que poderá atingir valores muito superiores no futuro.
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“Não é por si uma novidade valores que cheguem a um milhão de dólares”, afirma Pedro Moura, crítico de BD. Para este seguidor de banda desenhada, os valores que os exemplares raros têm atingido na última década são o resultado uma “especulação total sobre edições limitadas” que começou na década de 80 e que se estendeu até aos dias de hoje.
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As BD estavam acessíveis em qualquer banca e passaram a ser o único produto à venda em lojas especializadas, onde não só estavam disponíveis edições recentes como de colecção ou raras. Também a forma como se começou a lançar o produto foi organizada já a pensar em edições especiais que pudessem ser encaradas como um investimento pelos compradores, que as venderiam posteriormente por valores superiores.
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“Não me surpreendo [com os valores de venda de edições raras], tendo também em conta que nos últimos cinco anos os super-heróis têm sido retratos em filmes”, suscitando “interesse nas personagens e em todo o ‘merchandising’” que rodeia o filme, bem como nos produtos do passado associados ao super-herói. Surge aqui também o coleccionismo.
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Coleccionismo passa a investimento
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Álvaro Pons, professor universitário espanhol e crítico de banda desenhada, numa análise publicada pelo “El País”, argumenta que actualmente um exemplar número um do Super-Homem “transcende a importância histórica para converter-se num mito palpável para milhares de fãs, tradicionalmente coleccionadores compulsivos que guardam os seus livros como objectos de culto”.
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Para Pons, esta realidade “tem justificado sempre o preço alto [das primeiras edições] – calculado a partir de cuidadosas e medidas escalas baseadas no estado de conservação do ‘comic’”, mas este percurso tem-se alterado e caído no exagero, na medida em que “esse coleccionismo deixou de ser uma simples consequência da paixão pelas bandas desenhadas para se converter num interesse pelos ‘comics’ como objectos”. Surge, assim, na sua opinião, “uma nova figura, um coleccionador que não está interessado na história mas no objecto, que em si mesmo é valioso”.
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Para Shirrel Rhoades, antigo editor e vice-presidente executive da Marvel Comics, os valores recordes atingidos na venda de banda desenhada explicam-se com o actual estado da economia. “Quando o mercado está em baixo, os bens coleccionáveis oferecem uma alternativa em que se pode investir e vir a ter um potencial de crescimento do retorno investido”, explicou em declarações à Reuters.
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Também Vincent Zurzolo, director-geral da ComicConnect.com, site através do qual foi feita esta semana a venda do primeiro exemplar com o Super-Homem, defende que as somas elevadas que uma BD atinge devem-se ao facto de muitos coleccionadores encararem os “comics” como um investimento atractivo em plena crise económica.
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Segundo Zorzolo, existem pessoas dispostas a pagar valores acima do um milhão de dólares por uma edição com mais de 70 anos porque se trata de “um produto que lhes é familiar, com o qual se sentem confortáveis, que pensam vir a ser um bom investimento”
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