Assunto: | MEU BARCO... |
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Data: | 6/Fev 21:51 |
POR CIMA DA MARÉ ALTA MEU BARCO DEIXA-SE IR. NÃO PERGUNTA AO VENTO O RUMO. NÃO SE INTERESSA COM CORRENTES.VAI POR ONDE AS ONDAS O LEVAM...LEVAM LONGE, SABE BEM...VÃO DAR A PORTO SEGURO, MESMO NO FINAL DA ESTRADA...QUE TAMBÉM ESTRADA HÁ NO MAR...PEDI-LHE QUE ENCONTRASSE A MINHA ILHA,...E ELE SENTIU URGÊNCIA, MESMO SEM VELA IÇAR...SOMOS VELHOS CONHECIDOS...NÃO É PRECISO FALAR...ELE SABE QUE É MEU POUSO E DURMO NO SEU EMBALAR....EU CONHEÇO SUAS HISTÓRIAS, SEU PASSADO, SEUS CANSAÇOS, SUA VIDA A NAVEGAR.VAMOS PARA O PONTO DE ENCONTRO ONDE UM DIA CHEGOU.ENCONTROU-ME NA AREIA... DESENHANDO O MEU FUTURO.... E A ONDA SEMPRE A APAGAR.VINHA DE TERRAS LONGÍNQUAS,E CONHECIA AS HISTÓRIAS VIVIDAS PELOS MARINHEIROS DE ROSTOS ONDE SE LIA, EM SULCOS DE ÁGUA E SAL,ANOS DE VIDA VIVIDA.EU ESCUTAVA ENCANTADA, E EM TODAS AS PALAVRAS VIA AMOR...DE TODAS AS FORMAS CONTADO...TINHAM SOFRIDO? TALVEZ...MAS OS SEUS OLHARES BRILHAVAM COMO NOITES DE LUAR...E EU NA ILHA SEM NADA QUE NÃO FOSSE SOL E MAR...E O BARCO QUE AÍ PARARA COMO SE ESTIVESSE A ESCUTAR...MURMUROU-ME QUE SABIA DO QUE ESTAVAM A FALAR...MUITOS OUTROS O CONTAVAM. ERA UMA VIDA VIVIDA SEM O MAR A APAGAR, QUE NOS ACOMPANHAVA OS PASSOS, QUE NOS FAZIA SER PÁSSAROS,QUE NOS CANTAVA CANÇÕES... CORAÇÃO SEMPRE A VIBRAR.ERA TUDO O QUE EU ESCREVIA NA AREIA SEM O SABER. ERA A MINHA VIDA Á ESPERA E EU PARADA, SEM VIVER.FUI COM ELE LEVANDO APENAS COMIGO A ESPERANÇA E A SEDE DE VIVER. NO FUTURO APORTÁMOS.DILUÍ-ME NESSA VIDA...TUDO PROVEI E SENTI. AMEI, SONHEI E SOFRI. SABIA AGORA NA PELE O QUE OS MARINHEIROS FALAVAM...MAS NÃO VALIA A SAUDADE QUE TINHA DA MINHA PRAIA. LÁ, ONDE A VIDA ERA SIMPLES...MAR E SOL...SOL E MAR... E SE A ÁGUA APAGAVA TUDO AQUILO QUE EU SONHAVA, PODIA RECOMEÇAR, SEMPRE, SEMPRE TUDO NOVO, E O SONHO NÃO TINHA FIM. ERA LÁ QUE PERTENCIA...E O MEU BARCO, COMPANHEIRO, DE NOVO SE FEZ AO MAR...NÃO PRECISO ESTAR AO LEME...TAMBÉM ELE QUER VOLTAR...EM ANEXO UM BEIJO!
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Distribuído por Moranguinho Pereira (hi5)
BASTAVA-NOS AMAR. E NÃO BASTAVA. Bastava-nos amar. E não bastava o mar. E o corpo? O corpo que se enleia? O vento como um barco: a navegar. Pelo mar. Por um rio ou uma veia. . Bastava-nos ficar. E não bastava o mar a querer doer em cada ideia. Já não bastava olhar. Urgente: amar. E ficar. E fazermos uma teia. . Respirar. Respirar. Até que o mar pudesse ser amor em maré cheia. E bastava. Bastava respirar . a tua pele molhada de sereia. Bastava, sim, encher o peito de ar. Fazer amor contigo sobre a areia. . . JOAQUIM PESSOA
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Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Bastava-nos amar. E não bastava - Joaquim Pessoa
Etiquetas:
Joaquim Pessoa,
Moranguinho Pereira,
Poesia
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