POPPE, K. H. | |
A guerra das bananas : romance ( Reinbek Bananenkrieg.) / K. H. Poppe ; trad. Luís Sttau Monteiro | |
1ª ed | |
Lisboa : Publicações Europa-América, 1962 | |
301 p. ; 19 cm | |
(Século XX ; 50) | |
(Brochado) : oferta | |
Literatura / Ficção / Alemanha / Séc. 20 | |
BTIM | |
Texto impresso | |
Portugal | |
Monteiro, Luís Sttau, trad. | . | . | _____ | . | .. | . |
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Século XX
Guerra das Bananas
No inicio do século XX, os Estados Unidos promoveram uma série de ocupações, ações militares, e intervenções na América Central e no Caribe. Esse período começou com a Guerra Hispano-Americana em 1898 e no subsequente Tratado de Paris, que deu aos Estados Unidos o controle de Cuba e Porto Rico. Os interesses dessses conflitos foram variados, mas foram em grande medida de natureza económica. O termo "guerras das bananas" surge a partir da conexão entre estas intervenções e à preservação dos interesses comerciais americanos na região. Mais destacadamente, da United Fruit Company que teve participações financeiras significativas na produção de bananas, tabaco, cana-de-açúcar, e vários outros produtos em todo o Caribe, América Central e na porção norte da América do Sul. Os Estados Unidos também foi avançando seus interesses políticos, a manutenção de uma esfera de influência e de controle do canal do Panamá, criticamente importante para o comércio global e o poder naval. Por esse motivo, elas passaram a ser conhecidas como "banana republics" (repúblicas de bananas).
- Panamá e o Canal do Panamá: Um grande espisódio da expansão ultramarinha dos EUA foi ter conseguido a independência do Panamá, que era um departamento da Grã-Colômbia (atual Colômbia) chamado de Departamento do Istmo, ao qual os EUA enviara homens do serviço secreto estadunidense para subornar colombianos residentes nesse departamento para proclamar a independência desse território, que passou a se chamar Panamá, ao qual os EUA passaram a reconhecer este novo país e que mandaram os fuzileiros navais para assegurar a independência panamenha contra os colombianos. Em troca o Presidente do Panamá legalizaria eternamente a passagem do canal que ligaria os dois oceanos: Oceano Pacífico e Oceano Atlântico. Mais tarde, por meio de acordos unilaterais, os norte-americanos conseguiram o controle definitivo do Canal do Panamá. Na década de 1970, os panamenhos reivindicaram o controle do canal. Acordos assinados entre os dois países estabeleceram que os EUA deveriam devolver a concessão até o fim do século XX.
- Nicarágua: Em 1909, a Nicarágua enfrentou uma insolvência financeira que culminou numa intervenção dos EUA, a fim de dar "estabilidade" ao país, que assim passaram a controlá-lo. A humilhação nacional desencadeou um movimento revolucionário em 1912, mas este foi sufocado pelos fuzileiros navais dos EUA, que davam sustentação aos governos conservadores nicaraguenses. Em 1926, o governo da Nicarágua recorreu mais uma vez à ajuda dos fuzileiros navais norte-americanos, para sufocar a guerrilha iniciada pelos líderes liberais José Maria Moncada Tapia e César Augusto Sandino. O governo dos EUA atendeu prontamente à solicitação e garantiu aos rebeldes que seriam relizadas eleições livres na Nicarágua. Diante da promessa, Moncada aceitou paralisar a revolução, porém Sandino manteve a luta contra a ocupação norte-americana. Em 1933, os marines se retiraram da Nicarágua. Sandino depôs as armas e reconciliou-se com o governo, mas acabou assassinado por ordem do general Anastasio Somoza García, comandante da Guarda Nacional. A partir daí, iniciaria a dinastia da familia Somoza, que serviu aos interesses norte-americanos e só perderia o poder após a Revolução Sandinista em 1979. (1)
- Honduras: O modelo original para a república das bananas, onde a United Fruit Company e Standard Fruit Company dominaram o país, país-chave nos setores de exportação de bananas e associados, explorações de terra e ferrovias, viu inserção de tropas americanas em 1903, 1907, 1911, 1912, 1919, 1924 e, 1925. Nos primeiros anos do século XX, o presidente da Nicarágua, José Santos Zelaya, impôs Manuel Bonilla como presidente de Honduras, fato que mergulhou o país num período de rebeliões internas, entre 1911 e 1912. A pretexto de controlar a anarquia, os Estados Unidos intervieram no país e enviaram tropas para proteger os interesses das empresas bananeiras.
Em 1932, Franklin Delano Roosevelt foi eleito presidente dos EUA, e encontrou o país mergulhado em uma grave crise econômica, gerada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Roosevelt acreditava que a política agressiva de intervenção direta, adotada por seus antecessores, necessitava de alterações imediatas. Segundo o estadista, os mecanismos utilizados para exercer a dominação econômica deveriam ser mais sutis e sofisticados (a isso foi denominado Política da Boa Vizinhança).
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http://saber.sapo.cv/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Am%C3%A9rica_Central
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