segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
BARUCH SPINOZA - POEMA DE JORGE LUIS BORGES
Ocidente a janela em bruma de ouro à luz evoca.
Assíduo, o manuscrito
Já prenhe de infinito a hora aguarda.
Alguém nesta penumbra a Deus constrói,
Um homem Deus engendra.
É um judeu de tristes olhos e cítrea pele.
O tempo o leva como leva um rio
a folha que nas águas vai descendo.
Não importa porém; com delicada Geometria insiste o feiticeiro
E a Deus cinzela; da doença parte
Para além do que dele só é nada.
A Deus vai erigindo com palavras,
O mais pródigo amor lhe foi doado,
Amor que não espera ser amado.
Assíduo, o manuscrito
Já prenhe de infinito a hora aguarda.
Alguém nesta penumbra a Deus constrói,
Um homem Deus engendra.
É um judeu de tristes olhos e cítrea pele.
O tempo o leva como leva um rio
a folha que nas águas vai descendo.
Não importa porém; com delicada Geometria insiste o feiticeiro
E a Deus cinzela; da doença parte
Para além do que dele só é nada.
A Deus vai erigindo com palavras,
O mais pródigo amor lhe foi doado,
Amor que não espera ser amado.
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Poema de Jorge Luis Borges
Tradução: Jorge Agostinho da Silva
Tradução: Jorge Agostinho da Silva
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