quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Literatura

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Correio da Manhã
 
22 Dezembro 2009 - 00h30

Opinião

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Ironia perfeita. Entre os dez livros mais vendidos da década, em Inglaterra (Portugal não tem estatísticas), há dois autores mortos: Shakespeare e Enid Blyton. Ou seja: a celebração da literatura, do talento e da perturbação trazida pelo autor de ‘O Mercador de Veneza’; a euforia da inocência, das férias e da primeira adolescência nos livros populares de Enid Blyton, a criadora das aventuras dos Cinco e dos Sete.
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Ambos os autores transformaram ou modelaram a minha forma de ver o mundo – o pessimismo, a ironia e melancolia de Shakespeare; e a adolescência sem fim dos Cinco. Pelo meio, na lista, há histórias de vampiros, de cretinos e de especulações sobre a felicidade. Subprodutos. Nada como a melancolia, o pessimismo, a ironia e a adolescência. Ou seja, a literatura.
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Francisco José Viegas, escritor
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