Assunto: | ESTE POVO QUE É MEU... |
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Data: | 6/Dez 16:30 |
QUE UM DIA TUDO MUDE E O VENTO SOPRE SUAVEMENTE DOCES BRISAS DE UM FUTURO RISONHO E SEGURO, QUE ALASTRE A TODOS OS HOMENS, MULHERES E CRIANÇAS....SOBRETUDO ÁS CRIANÇAS. QUE SE OUÇAM AS NOTÍCIAS PARA SABER O QUE DE BOM SE PASSOU NESTE NOSSO MUNDO. QUE OS JARDINS ESTEJAM SEMPRE APINHADOS DE PESSOAS OLHANDO A BELEZA DAS FLORES E ERGUENDO O ROSTO PARA OS RAIOS DE SOL. QUE O SORRISO SEJA PERMANENTEMENTE USADO PARA TODOS, NÃO SÓ PARA OS QUE CONHECEMOS ... QUE A ALEGRIA SEJA UMA BANDEIRA DEBRUÇADA NAS JANELAS, DESFRALDADA NOS CARROS, EMPUNHADA POR TODAS AS MÃOS...AINDA SE LEMBRAM?...E QUE ESPERANÇA SEJA O OUTRO NOME DESTE POVO ONDE EU MORO...SEMPRE!EM ANEXO UM BEIJO! . Distribuído por Moranguinho Pereira (hi5) . . O GENERAL . . "Depois de fortemente bombardeada, a cidade X foi ocupada pelas nossas tropas.") . . O general entrou na cidade ao som de cornetas e tambores ... . . Mas por que não há "vivas" nem flores? . . Onde está a multidão para o aplaudir, em filas na rua? . . E este silêncio Caiu de alguma cidade da Lua? . . Só mortos por toda a parte. . . Mortos nas árvores e nas telhas, . nas pedras e nas grades, nos muros e nos canos ... Mortos a enfeitarem as varandas de colchas sangrentas com franjas de mãos ... . . Mortos nas goteiras. Mortos nas nuvens. Mortos no Sol. . . E prédios cobertos de mortos. E o céu forrado de pele de mortos. E o universo todo a desabar cadáveres. . . Mortos, mortos, mortos, mortos ... . . Eh! levantai-vos das sarjetas e vinde aplaudir o general que entrou agora mesmo na cidade, ao som de tambores e de cornetas! . . Levantai-vos! . . É preciso continuar a fingir vida, E, para multidão, para dar palmas, até os mortos servem, sem o peso das almas. . . JOSÉ GOMES FERREIRA . . |
Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
O General - José Gomes Ferreira
Etiquetas:
José Gomes Ferreira,
Literatura,
Moranguinho Pereira,
Poesia
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