domingo, 17 de fevereiro de 2008

“Basta-me a Graça de Deus e a Glória de ter vencido”



PREDOMINAM OS MALES-ENTENDIDOS…

de: José de Vasconcellos e Sá


Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto travaram algumas batalhas. Mas nenhum deles venceu a guerra.

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Logo, nas circunstâncias, relembrar a celebérrima frase do Rei Dom Afonso IV, após a batalha do Salado, quando foi convidado a recolher as riquezas deixadas no campo de batalha pelos árabes, “Basta-me a Graça de Deus e a Glória de ter vencido”, não terá sentido. A avidez de lucros deve ter sido idêntica à tentação de Adãoque, no Paraíso, colheu e trincou a maçã proibida. Nem foi necessária uma Eva para avisar o delinquente de que estava em pelota. Realmente,quem se diz acólito, não deve espezinhar o Dei por que trai, implicitamente, a Opus.

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A questão que, de certo modo me preocupa, é saber como se punirá um diamante com os quilates de JardimGonçalves? Promovê-lo a contínuo para distribuir cafés e cervejas fresquinhas aos “tubarões” que agora dirigem o BCP? As tarefas seriam equiparadas a trabalhos forçados, mas o actual Código do Processo Penal não prevê essa sanção!

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O que nada me surpreenderá é que surja uma alminha caridosa que flagele o segredo de Justiça e avise o eventualarguido nas vésperas de ser preso. Ele raspar-se-á para a Patagónia como fez Fátima Felgueiras para o Brasil.

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No que respeita a Paulo Teixeira Pinto, homem de meia-idade, ele solicitou ser observado por uma Junta Médica (talvez não constituída, somente, por Médicos) para a reforma antecipada por incapacidades físicas. Foi-lhe concedida. Todavia, desempenha, actualmente, sete cargos empresariais. Bem se ele estivesse tísico e relembrando o provérbio de que o trabalho dá saúde, ter-se-lhe-iam sido dados o dobro de postos de trabalho para que melhorasse mais, rapidamente! Valha-nos Deus, tanta desonestidade também cansa!

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Referimos, agora, o Director Nacional da PJ. Diga este crânio o que disser, quer pessoalmente, quer através de subalternos, teria sido mais elegante e convincente se assumisse ter utilizado uma linguagem virosa. Quando andei a estudar lá pela Grã-Bretanha, aprendi que, aqueles que dirigem “devem utilizar ao máximo as aptidões de cada um”, “felicitar ou repreender o pessoal, sempre que o mereça” e, finalmente, “ser-se o chefe que gostaríamos de ter”. Convenhamos que a independência intelectual do senhor Director ficou ferida, tanto mais que tempos antes expulsou da PJ um investigador tido como muito eficiente. Aliás, ainda conversei com dois Inspectores da Scotland Yard que elogiaram muito as acções da nossa PJ. Escutando a tentativa de descrédito dito pelo senhor Director Nacional, o clima profissional piora. Alguns agentes perderão, porventura, uma boa dose da capacidade para cumprir as investigações.

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O senhor PM informou o País de que, finalmente, fora escolhido o local para a 3ª Ponte sobre o Tejo.

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Dias mais tarde, Mário Lino, afirmou não ter opiniões enquanto ministro por que o responsável pela política era o PM. Dias depois discordou e da decisão sábia escutada avisou que iria consultar entidades para se chegar a uma escolha definitiva. O PM, de facto repete que o Governo não recua, pois ladeia as questões, faz “passage” como um garanhão puro sangue treinado em Alta Escola que cumpre os exercícios em linha recta, em diagonal, trotando ou galopando e, com as crinas e cauda ao vento, desenha coreografias em que a graciosidade e o hipismo confraternizam.

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A ministra da Educação vive em palpos de aranha com a classificação dos professores. Como os bebés nascem nas ambulâncias, poderão chamar-se não José ou António mas sim 35---24-UE ou Volvos, Jaguares, tudo dependerá das matrículas das viaturas ou das marcas das ditas!

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Com tantas ambiguidades, alguém terá algum direito de estar triste? Elas até nos fazem rir às gargalhadas! E rir dá muita saúde!

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José de Vasconcellos e Sá (2008-02-15)


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