sábado, 9 de fevereiro de 2008

Na morte de um ditador sanguinário


28-01-2008

Na morte de um ditador sanguinário


Suharto já foi para onde

mandou centenas de milhar


Os jornais dedicam hoje várias páginas a morte do ditador indonésio Suharto e à sua crónica de vida manchada pelo sangue de centenas de milhar dos seus compatriotas (e também do povo de Timor-Leste), sempre com o inquestionável apoio das Administrações norte-americanas.
.
«O tempo das cerejas» orgulha-se de não ter precisado de esperar pela sua morte para lembrar a verdade sobre o golpe de 30.9.1965 que o levaria ao poder e sobre o terrível massacre que se seguiu, atingindo de forma particularmente brutal e selectiva os comunistas indonésios. Fê-lo aqui em
«Combates da memória (12)»
, assinalando o 42º aniversário desse golpe.
.
Ao ler a imprensa de hoje, quem deve estar muito triste é o «zero» do blogue «25 centímetros de neve» que aqui , em polémica comigo, procurou então dar naturalidade geoestratégica a tudo o que aconteceu na Indónésia depois do golpe de Suharto em 1965. Por fim, resta-me acrescentar que a imagem à esquerda é a capa da Time de 15.6.1966, em que a asumpção formal do poder por Sukarno é celebrada com um contente «insert» no topo à esquerda que assinala «Indonésia: a terra que os comunistas perderam». Nem o golpe de 1965 nem a sangueira que seguiu jamais tiveram direito a capa da Time. [sobre a morte de Suharto, ler aqui os comentário de António Abreu no seu blogue «Antreu»]


tempo das cerejas

Sem comentários: