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28-01-2008
Na morte de um ditador sanguinário
Suharto já foi para ondeOs jornais dedicam hoje várias páginas a morte do ditador indonésio Suharto e à sua crónica de vida manchada pelo sangue de centenas de milhar dos seus compatriotas (e também do povo de Timor-Leste), sempre com o inquestionável apoio das Administrações norte-americanas.
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«O tempo das cerejas» orgulha-se de não ter precisado de esperar pela sua morte para lembrar a verdade sobre o golpe de 30.9.1965 que o levaria ao poder e sobre o terrível massacre que se seguiu, atingindo de forma particularmente brutal e selectiva os comunistas indonésios. Fê-lo aqui em «Combates da memória (12)» , assinalando o 42º aniversário desse golpe.
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, em polémica comigo, procurou então dar naturalidade geoestratégica a tudo o que aconteceu na Indónésia depois do golpe de Suharto em 1965. Por fim, resta-me acrescentar que a imagem à esquerda é a capa da Time de 15.6.1966, em que a asumpção formal do poder por Sukarno é celebrada com um contente «insert» no topo à esquerda que assinala «Indonésia: a terra que os comunistas perderam». Nem o golpe de 1965 nem a sangueira que seguiu jamais tiveram direito a capa da Time. [sobre a morte de Suharto, ler aqui
os comentário de António Abreu no seu blogue «Antreu»]
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