* Gregório Matias
Quanto a um museu de Salazar, talvez não fosse tão mau assim. Talvez dessa forma se pudesse ver como era a vida real no final da década de 30 até meados dos anos 60, inclusivé mostrarem bem, que notícias saíram no Telejornal quando os nossos soldados tiveram que marchar rapidamente e em força para Angola, pois que o slogan «Angola é nossa», foi muito propangueado na altura.
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Os poucos livros que corriam a meio da década de 60 das atrocidades cometidas pelos «Turras», as quais se podem reviver nos dias de hoje com as imagens transmitidas praticamente em directo das atrocidades cometidas no Quénia.
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Porém, num museu deveria figurar estas coisas todas, e não só, também se podiam lá por os livros únicos da época, e especialmente mostrarem bem as páginas do livro de Ciências Naturais do 2º ciclo, em que às páginas tantas, até dizia que o tabaco, era um «inebriante salutar e que ajudava a digestão».
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Mas como não há bela sem senhão, talvez fosse bom também lembrar um dos casos do final dos anos 60, que foi o caso do «Ballet en Rose», em que estiveram metidos altos dignatários da nação, e que o apesar da CENSURA, foi bastante propangueado na altura, porém tudo foi abafado e arquivado. Paralelismos destes encontram-se nos dias de hoje, noutros processos bem complicados, e que apesar de ter levado muitas figuras famosas, decorre há longo tempo, sem se saber contudo se alguma coisa irá ser decidida ou irá ficar em «águas de bacalhau».
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Há muita coisa que deveria figurar, há muita coisa que deveria ser diita e re-dita, mas parece-me que quem está longe do país, prefere relembrar com saudosismo períodos da história como se a vida pós 78 fosse melhor que antes de 74. Aquilo que se viu e viveu e que terá marcado de forma determinante quem tem hoje cerca de 30 anos. Há 30 anos atrás havia produtos de primeira necessidade que estiveram racionados, vivia-se mal, habitações não existiam, e as poucas que haviam tinham valores tão exorbitantes que só o vencimento de um dos membros do casal não chegava para as depesas. É a partir dessa década que começa a história da «carreira», pois que cada membro do casal tinha que conseguir a sua promoção para trazer mais dividendos para casa. Mas a fúria continuou, dando lugar à década do pi-pi-de-quartzo. Deixou de ser o Homem da Regisconta para passar a ser o executivo que de relógio digital tinha horas e minutos e segundos para fazer as coisas.
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Depois de Salazar veio o Caetano, e a única coisa que terá mudado, é que o último costumava aparecer na televisão num programa intitulado «Conversas em Família», mas de cada vez que o homem falava, já se sabia, algo ia aumentar de preço, eram pedidos esforços constantes à população portuguesa, e talvez por tantos esforços pedidos, a população resolvia mudar de ares, atravessar os pirinéus ou a atravessar o Atlântico e ter recomeçado a sua vida noutro país.
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Estas e outras memórias deveriam estar patentes nesse tão apregoado museu, mais não fosse, para os jovens de hoje perceber que o dito «salvador da pátria» não passou de um fruto de época, mas que ninguém no seu perfeito juízo, quer que o tempo volte para trás. Esse ciclo temporal acabou, e por muito que se queira foi um percurso, talvez um percurso errado ou certo, mas um percurso que no mínimo terá deixado durante longos anos, um país à beira de um ataque de nervos.
Gregório Matias - Além Tejo \ Alcochete
do Portugalclub:
Começou a melhorar!...
Até que enfim alguém começa a tolerar um "MUSEU SALAZAR".
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em tempo não custa lembrar, que quando o Marcelo falava em "conversas em familia" possivelmente aumentariam os preços, mas que hoje aumentam mesmo sem as tais conversas familiares. Aumenta-se , mesmo sabendo-se que não existe dinheiro para suportar esses aumentos. PORTUGAL de hoje está proibido pela UE, de produzir....
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Esta semana foi também proibido de importar carne do Brasil. O Brasil maior produtor de carnes e cereais, o Celeiro do Mundo, está sendo posto á prova pelos UE, de aqui querem mandar impor suas Leis e normas pelos Europeus , candidatos a futuros Imperadores e donos do mundo. È Bom os Europeus, começarem a aprender como se come dinheiro seco. Digo dinheiro seco, pois nem agua tem mais. Em Portugal então , os rios são todos espanhois e pequenitos, se lembrarmos o maior que em alguns lugares dá para passar a pé. Voltando a carne, que os Europeus, querem ensinar o Brasil, a produzir, para proteger o preço dos rebanhos fraquitos da Holanda..... Mas o rebanho da holanda, não vai dar,.... os europeus , vão ter que comer sanduiche de pão de milho recheado com euros .... abraço
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