sábado, 9 de fevereiro de 2008

Beato Salazar (6) - QUEM TEM MEDO DE SALAZAR?


* Carlos Branco

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Afinal há quem tenha medo de Salazar! Assim o demonstra o acto de vandalismo de que foi vítima o seu túmulo no cemitério do Vimieiro, em que um energúmeno destruiu o retrato do ditador. Actos deste tipo, sejam contra cemitérios cristãos ou hebraicos só podem ser perpetrados por dois tipos de pessoas: atrasados mentais, que não sabem o que fazem, ou cobardes que só demonstram coragem contra quem não pode ripostar. Mas fica-nos a ideia de que há quem receie que Salazar ressuscite… E consta que não falta quem o desejasse…ouve-se aqui e ali… Carlos Branco

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Temos a certeza de que mesmo entre os apoiantes da Esquerda política haverá quem honestamente concorde que Salazar foi em dada altura o Homem certo no lugar certo. Ninguém lhe conseguirá jamais apontar casos de aproveitamento próprio ou de corrupção e compadrio como os que ocorrem quotidianamente de há três décadas para cá.Temos igualmente a certeza de que mesmo entre os mais fervorosos admiradores de Salazar a maior parte tem a consciência de que é inviável a implantação de um regime como o do Estado Novo nos dias de hoje.E o motivo mais forte: sem Salazar não há salazarismo, e que nos pareça não estão criadas as condições sequer para que apareça um futuro ditador para Portugal.Essa hipótese é apenas um fantasma agitado pelo Sistema para manter no seu canto os Nacionalistas e impedir as pessoas de se aperceberem da benignidade que o Nacionalismo civilizado pode representar para a Nação.

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Gostaríamos de relembrar às pessoas aquilo que a maior parte delas sabe: quando Salazar perseguiu e prendeu membros do PCP, fê-lo numa altura em que esses mesmos opositores do regime lutavam pela implantação de um outro regime ditatorial, o comunismo, e apoiados por uma potência estrangeira igualmente apoiada na mais sangrenta ditadura de que há memória, a União Soviética. Por outro lado esses mesmos opositores do regime forneciam informações de cariz militar aos inimigos políticos de Portugal e da Aliança Atlântica, para além de em mais do que uma circunstância terem ultrajado símbolos nacionais.Eram, para todos os efeitos, traidores.Gostaríamos igualmente de relembrar que quando Salazar assumiu os destinos de Portugal e durante os primeiros quase quarenta anos da sua governação, as ditaduras eram, mesmo na Europa, regimes aceites como normais, de tal modo que Portugal foi sem quaisquer obstáculos membro fundador e de pleno direito da OTAN/NATO em 1949 e da EFTA (European Free Trade Association), em 1960, juntamente com o Reino Unido, Suíça, Áustria. Islândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, todos eles países intransigentes em matéria de direitos humanos.Pensamos que o principal defeito de Salazar terá sido o de não ter previsto a sua própria sucessão uma dezena de anos antes de morrer e de não ter preparado o regime para uma transição controlada para o sistema democrático, o qual iria fatalmente implantar-se em Portugal, seria sempre algo incontornável num país Europeu no fim do século XX.

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Não se pense que estamos aqui a defender para hoje um regime salazarista ou de filosofia ditatorial. É nosso desejo encontrar para Portugal e para os Portugueses soluções que tornem melhores as suas vidas, em suma, soluções para que o maior número possível de Portugueses viva feliz, com emprego estável, casa, automóvel, a despensa confortavelmente fornecida, assistência na Saúde e Ensino tendencialmente gratuitos, como defende a Constituição da República.Não nos passa pela cabeça apoiar ou ambicionar a implantação de um regime que limite uma série de liberdades a que as pessoas se habituaram. Não queremos restaurar a censura na imprensa, no cinema, no teatro. Não queremos restringir o direito de reunião, de associação ou de opinião. Está fora de questão o apelo à implantação deste tipo de restrições, até porque isso teria como resultado a ruptura da ordem social e da relativa estabilidade em que vivemos.Apoiamos sim, um Estado forte, apoiado num governo legítimo e honesto, que governe e que não “se governe”, que ofereça aos seus cidadãos segurança e bem estar em todas as suas vertentes.Nós, os Nacionalistas, não estamos agarrados a preconceitos “politicamente correctos” e temos as soluções: venham ter connosco, perguntem-nos! Carlos Branco - Portugal

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