quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DEIXEM-ME SER ASSIM - Zabul Moita

Deixem-me ser valado entre trigal

Cigarra de asas loucas pelo monte

Ribeiro de Vastíssimo caudal

Ou musgo adormecido ao pé da fonte.



Cantiga que ecoa pelo Vale

Sol morno a mergulhar no horizonte

Pintura de Miró ou de Bual

Ou lenda do passado que a avó conte.



Deixem-me ser nenúfar por abrir

Olor de rosa e nardos a florir

Criança com sapatos de mulher



E flauta de pastor ao Sol poente

E grito de luar Sereno e quente

Deixem-me ser aquilo que eu quiser!



ZABUL MOITA
.
Enviado por Moranguinho Pereira (hi5)
.
.

Sem comentários: